Da Redação
Com agencias
O presidente da TAP, Fernando Pinto, disse que quer que a privatização da empresa aconteça “o mais rápido possível”, mas reiterou que a realização da operação “não é uma questão de sobrevivência” para a companhia.
“Nós queremos a privatização o mais rápido possível”, afirmou Fernando Pinto, em resposta às questões aos jornalistas, à margem da apresentação dos resultados de 2013 da TAP SA, em 12 de março, ano em que o lucro subiu 42% para 34 milhões de euros.
O presidente da TAP argumentou que “ser uma empresa aérea do Estado na Europa é muito complexo” e “muito difícil”, porque não é possível “receber nenhum tipo de injeção de capital” o que, no caso da companhia portuguesa, melhoraria “muito o resultado” e a “velocidade de crescimento”.
Quando questionado sobre se julga que a privatização da TAP vai avançar este ano, Fernando Pinto respondeu: “Eu não tenho certeza de nada. (…) A única coisa que eu posso dizer é que o tempo todo a empresa tem melhorado”.
O gestor disse ainda não ter qualquer preocupação em relação à data de concretização da operação, reiterando que a privatização “não é uma questão de sobrevivência para a TAP”.
A privatização da transportadora aérea está suspensa em dezembro de 2012 e, no Orçamento do Estado para 2014, o Governo afirma que “continuará a monitorizar as condições do mercado, por forma a relançar o processo de privatização da TAP logo que estejam reunidas as condições propícias para o seu sucesso”.
Entretanto, o Governo pediu aos assessores financeiros da privatização (Barclays Capital, Banco Espírito Santo de Investimento, Citi Bank e Crédit Suisse) uma atualização da avaliação da companhia aérea, disse fonte governamental à Lusa.
O Governo recusou, em dezembro de 2012, a proposta de compra da TAP feita pelo grupo Synergy, detido pelo empresário colombiano Germán Efromovich, o único concorrente à privatização da companhia aérea nacional.
Lucro
A TAP registrou um lucro de 34 milhões de euros em 2013, uma subida de 42% em relação a 2012, completando cinco anos consecutivos de resultados positivos.
As receitas de 2013 totalizaram 2.480 milhões de euros, um crescimento de 2% face aos 2.436 milhões apurados no ano anterior, com as receitas de passagens a subirem 5% para 2.217 milhões de euros.
Segundo o presidente, desde 2009, a companhia aérea apresentou sempre resultados positivos.
Em 2013, a dívida líquida da TAP baixou de 791 milhões de euros para 585 milhões de euros, passando de 32% do total das receitas para 24%.A dívida total baixou para 842 milhões de euros no ano passado.
Em 2013, a TAP transportou mais 517 mil passageiros, atingindo um recorde de 10.7 milhões de passageiros transportados.
Este ano, a TAP vai somar seis aviões à sua frota, o que lhe permitirá abrir dez novos destinos (Belém, Manaus, Bogotá, Panamá, Nantes, Gotemburgo, Belgrado, Hanôver, Talim e São Petersburgo) e reforçar outros, o que representa um incremento da oferta de 8%, que a companhia afirma ser o “maior aumento de sempre num único ano”.