Da Redação
Com Lusa
Quatro espécies exóticas e selvagens foram apreendidas durante o PET Festival, que decorreu no fim de semana na Feira Internacional de Lisboa (FIL), segundo o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP (Cometlis).
Em comunicado, o Cometlis explica que as apreensões decorreram no âmbito de uma ação de fiscalização conjunta com a Brigada de Proteção Ambiental às condições em que os operadores econômicos estavam a comercializar e a expor espécies exóticas e selvagens.
Na sequência desta operação de fiscalização, as autoridades apreenderam uma jiboia de Madagáscar, uma pitão de diamante e duas quati (semelhante ao guaxinim) de cauda anelada.
Os répteis foram entregues ao Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e os dois quatis ao proprietário, com proibição de manter expostos os animais nos restantes dias da feira.
No sábado, o PAN afirmou que as condições em que os animais eram exibidos e vendidos no PET Festival violavam as disposições legais de bem-estar animal e pediu a intervenção das entidades fiscalizadoras, mas a organização negou infrações.
Em comunicado, o partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) adiantou que apresentou denúncia e pedido de fiscalização junto da Direção-Geral de Veterinária (DGAV), do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e da Câmara Municipal de Lisboa (CML), e lembrou que “animais selvagens não devem ser detidos como animais de companhia”.
André Silva, deputado do PAN, considerou “inaceitável que os promotores do evento não [assegurassem] as condições mínimas de bem-estar destes animais”, ignorando tratar-se de “espécies selvagens ou exóticas, com necessidades muito específicas em termos de bem-estar”.
Segundo o PAN, através de fotografias divulgadas sobre o evento era “possível ver animais vivos, como répteis exóticos, que permanecem todo o evento dentro de cuvetes, com vista à sua comercialização”.
Confrontado com estas acusações, Miguel Anjos, gestor da organização do PET Festival, salientou que, antes da realização do evento, todas as espécies presentes foram registadas e comunicadas à DGAV e à CML, entre outras entidades, e que o festival tinha “todas as autorizações em dia” para funcionar.
O responsável refutou qualquer infração e assegurou que a organização é a primeira a defender que se fiscalizem todas as situações se tal for necessário.
No espaço da FIL foram expostos animais como cães, gatos, répteis, insetos e os chamados animais de quinta: cavalos, pôneis, cabras e burros.