Da Redação
Com agencias
Brasileiros que moram em Lisboa prometem fazer neste 18 de junho, às 17h (horário local, 13h em Brasília), uma manifestação “pacífica, organizada e legalizada” em frente ao consulado brasileiro na cidade (Praça Luis de Camões, no Bairro Alto).
De acordo com a convocação nas redes sociais, o protesto deverá manter distância de 100 metros do prédio do consulado e não poderá fechar a passagem de carros. “Nenhum ato de vandalismo será cometido, incentivado e/ou permitido pelos participantes”, diz o texto de convocação.
Conforme o texto que circula na internet, os manifestantes podem levar cartazes “com toda e qualquer denúncia sobre o governo brasileiro”.
Além de Lisboa, Porto, Faro e Coimbra também apoiam os brasileiros com manifestações em solidariedade. Em Lisboa, o protesto acontece na praça Luís de Camões, em Coimbra, a manifestação ocorre no Largo Dom Dinis e nas Escadas Monumentais, no Porto, acontece na Avenida dos Aliados e Faro ainda não tem local marcado.
Outras 26 cidades pelo mundo também têm manifestações similares agendadas pela Internet, como Madrid e Barcelona, na Espanha; Bruxelas, na Bélgica; Paris, na França; Frankfurt, na Alemanha; e Nova York, nos Estados Unidos.
Os brasileiros formam a maior colônia de estrangeiros em Portugal – 109 mil pessoas, de acordo com o censo populacional de 2011. Em Lisboa, a contagem registrava, naquele ano, 10,9 mil brasileiros.
Brasileiros tomam as ruas do país
Uma série de manifestações mobilizou milhares de brasileiros em diferentes cidades do país na segunda-feira, dia 17, somando mais de 200 mil brasileiros nas ruas, numa data histórica para o país.
Em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte, em Brasília, na Esplanada dos Ministérios, a maior parte das manifestações foi pacífica, tendo tumultos de grupos pequenos ocorridos principalmente no Rio e em Minas.
Com o mote “Não são apenas 0,20 centavos”, além de se posicionar contra o preço do transporte público, os protestos do público geral criticaram a condução da política brasileira, a corrupção, os gastos públicos com as obras para as copas das Confederações e do Mundo de 2014. A organização das manifestações porém pedem apenas a revogação do aumento no transporte público.
As manifestações começaram a tomar corpo na última semana após as ações da Polícia Militar (PM), em São Paulo, que reagiram aos manifestantes na capital paulista. O episódio levou a Defensoria Pública do Estado de São Paulo a questionar a atitude da PM.
Em São Paulo, os manifestantes se concentraram no Largo da Batata e depois ocuparam as oito faixas da Avenida Brigadeiro Faria Lima. Ao contrário do que ocorreu na última manifestação, na quinta-feira (13) – quando a presença da PM foi ostensiva – ativistas e policiais entraram em acordo e, até o momento, não houve registro de conflito.
No Rio de Janeiro, as dezenas de milhares de manifestantes marcharam pela Avenida Rio Branco e se dirigiram à Cinelândia, na região central da cidade, onde ocuparam as escadarias da Biblioteca Nacional e da Câmara de Vereadores. De lá, seguiram pela Avenida Almirante Barroso em direção à Avenida Presidente Antonio Carlos até a Assembleia Legislativa do Estado (Alerj). Houve confronto com a polícia e algumas pessoas queimaram um carro e depredaram uma viatura da PM.
Na capital mineira, a concentração do protesto teve início na Praça 7, no centro da capital, e houve confronto de alguns manifestantes com a polícia. De lá, os manifestantes se dirigiram à Arena Mineirão, onde foi disputada nesta segunda a partida entre Nigéria X Taiti, pela Copa das Confederações.
Em Brasília, o protesto começou às 17h. Os manifestantes se concentraram em frente ao Museu da República e, de lá, marcharam em direção ao Congresso Nacional, na Esplanada dos Ministérios. Eles foram impedidos de entrar mas conseguiram subir na cobertura do Congresso e tomaram também o gramado em frente ao Parlamento.
Também houve registro de protestos em Fortaleza, em Curitiba, em Porto Alegre, em Salvador, em Belém e Campinas. Nós próximos dias, as manifestações, convocadas por meio das redes sociais, devem prosseguir. Hoje, os manifestantes na capital paiulista tem novo encontro marcado na Praça da Sé.
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