Projeto português vai transformar mais 30 antigas construções em hotéis e já tem interessados brasileiros

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Mundo Lusíada

O Governo de Portugal quer transformar mais trinta antigas construções em hotéis, num projeto que prevê investimentos de 150 milhões de euros.

O projeto “Revive” é uma iniciativa conjunta dos Ministérios da Economia, da Cultura e das Finanças, que abre o patrimônio ao investimento privado para desenvolvimento de projetos turísticos.

O programa, que numa primeira fase abrange 30 edifícios históricos a serem concessionados a investidores privados, já despertou interesse por parte de americanos, brasileiros e portugueses.

O Governo destaca a importância do patrimônio material e imaterial inclusive para o turismo, e por isso aposta na recuperação e valorização deste patrimônio, presente em todo o território nacional, e a sua transformação num ativo econômico para o país. O Turismo de Portugal dará assim oportunidade para aqueles turistas que sonham em se hospedar em castelos, conventos, e palácios históricos.

Dessa forma, o Governo pretende lançar 30 concursos públicos para o desenvolvimento destes projetos turísticos em 30 imóveis do Estado sem utilização, atualmente desocupados. Na primeira fase foram divulgados 11 imóveis no continente, mas Açores e a Madeira também deverão estar dentro do programa.

Numa primeira fase, serão concessionados os seguintes edifícios: Convento de São Paulo (Elvas), Castelo de Vila Nova de Cerveira, Fortaleza de Peniche, Mosteiro de São Salvador de Travanca (Amarante), Mosteiro de Arouca, Mosteiro de Santa Clara-a-Nova (Coimbra), Pavilhão do Parque (Caldas da Rainha), Paço Real de Caxias (Oeiras), Forte do Guincho (Cascais), Castelo de Portalegre, Forte de S. Roque da Meia Praia (Lagos) e Quinta do Paço de Valverde (Évora).

O primeiro a ser colocado a concurso foi o Convento de São Paulo, em Elvas, tendo sido atribuída a concessão ao Vila Galé.

Muitos destes edifícios estão classificados em estado de degradação pela Direção-Geral do Patrimônio e Cultura (DGPC) e a necessitar de intervenção urgente.

A secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, disse que o projeto de concessionar edifícios históricos é muito exigente, mas ao mesmo tempo “aliciante”. “É um projeto muito aliciante, porque relativamente a cada imóvel há muitos problemas para resolver e só com trabalho permanente, em conjunto, é que isto foi possível e está a ser possível”, disse a governante, na sessão de lançamento do programa.

“Espero até ao final do ano abrir mais um concurso no âmbito do Revive, assim como colocar mais imóveis”, disse Ana Mendes Godinho.

Para o secretário de Estado da Cultura, o Revive é “a grande oportunidade para o patrimônio cultural” em todo Portugal.

“Promove-se, assim, a rentabilização e preservação do patrimônio com recurso ao investimento de privados, a respectiva fruição pública e a geração de postos de trabalho. Esta iniciativa contribui ainda para o reforço de atratividade de destinos regionais e para a desconcentração da procura, promovendo o desenvolvimento turístico de várias regiões do país” garante o governo.

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