Produções portuguesas exibidas na 7º Janela Internacional de Cinema do Recife

Mundo Lusíada

Recife, Pernambuco. Foto: Portal da Copa/ME
Recife, Pernambuco. Foto: Portal da Copa/ME

Foram divulgados os curtas-metragens que serão exibidos na 7º Janela Internacional de Cinema do Recife, que acontece entre os dias 24 de outubro e 2 de novembro, em Recife (PE).

Dos 1005 filmes inscritos, foram selecionados 42 filmes – 20 estrangeiros, entre eles quatro produções portuguesas, e 22 brasileiros, de sete estados diferentes (CE, SP, PE, MA, MG, PB e RJ), incluindo uma coprodução internacional com Cuba.

De Portugal, “A caça revoluções”, animação experimental sobre fotografia, é o primeiro filme de Margarida Rêgo e tem como mote a revolução de abril de 1974, a partir de uma fotografia tirada na época, uma curta-metragem selecionada para a Quinzena dos Realizadores, que decorreu em maio paralelo ao Festival de Cinema de Cannes, na França.

“Ponto Morto”, de André Godinho, é outra produção lusa que acompanha a viagem de automóvel de um casal que parte de férias. No caminho encontram uma mulher morta num acidente de carro e a viagem toma um outro rumo.

“Redemption”, de Miguel Gomes, uma ficção de 26 minutos coproduzida com França, Alemanha e Itália, também está na lista. Passa em 1975, numa aldeia no norte de Portugal, uma criança escreve aos pais em Angola para lhes dizer como Portugal é triste. No dia 13 de Julho de 2011, em Milão, um velho recorda o seu primeiro amor. No dia 6 de Maio de 2012, em Paris, um homem diz à filha bebé que nunca será um pai de verdade. Durante um casamento no dia 3 de Setembro de 1977, em Leipzig, a noiva luta contra uma ópera de Wagner que não lhe sai da cabeça. E estes quatro começam à procura da redenção.

O “Triângulo Dourado”, de Miguel Clara Vasconcelos, foi eleito o melhor filme português do Curtas 2014. Um filme feito de materiais caseiros, artesanais, um pouco frágeis até, se passa na França. Com uma bicicleta, uma câmara de 16mm, um poema na memória e actores não profissionais, procurei falar da viagem, do amor, da solidão, e das distâncias da vida.

Dos filmes brasileiros, o “Tejo Mar”, de Bernard Lessa, traz um estudante de teatro português terminando sua temporada de estudos no Rio de Janeiro. Em sua última semana desse lado do oceano, ele sente na pele a ansiedade da namorada portuguesa enquanto redescobre o Rio de Janeiro no qual chegou há 10 meses. E diante dessa nostalgia ele encontra uma bela brasileira que o desperta dúvidas pouco antes de sua partida.

A seleção dos curtas-metragens foi feita por uma comissão formada pelos jornalistas e pesquisadores Rodrigo Almeida e Luís Fernando Moura, o roteirista Luiz Otávio Pereira, o cineasta Leonardo Lacca, a produtora Emilie Lesclaux, o ator Fábio Leal e o sócio da Cinemascópio Produções, Winston Araújo.

Nesta edição, serão exibidos cerca de 150 filmes, entre mostras competitivas de curtas e longas-metragens, mostras informativas e sessões especiais de clássicos do cinema. Confira abaixo a lista dos curtas-metragens selecionados para a 7ª edição do Janela Internacional de Cinema do Recife:

Mostra Nacional
– “A Era de Ouro”, de Leonardo Mouramateus e Miguel Antunes Ramos (CE/SP)
– “Dia Branco”, de Thiago Ricarte (SP)
– “Estátua!”, de Gabriela Amaral Almeida (SP)
– “Gigante”, de Rafael Spínola (RJ)
– “História Natural”, de Júlio Cavani (PE)
– “João Heleno dos Brito”, de Neco Tabosa (PE)
– “Kyoto”, de Deborah Viegas (SP)
– “La Llamada”, de Gustavo Vinagre (SP)
– “Loja de Répteis”, de Pedro Severien (PE)
– “Malha”, de Paulo Roberto (PB)
– “Noites traiçoeiras”, de João Lucas Melo Medeiros (PE)
– “Nua por dentro do couro”, de Lucas Sá (MA)
– “O Arquipélago”, de Gustavo Beck (RJ)
– “O Bom Comportamento”, de Eva Randolph (RJ)
– “Ocaso”, de Bruno Roger (RJ)
– “O Clube”, de Allan Ribeiro (RJ)
– “Quinze”, de Maurilio Martins (MG)
– “Sandra Espera”, de Leonardo Amaral (MG)
– “Si no se puede bailar, esta no es mi revolución”, de Lillah Halla (SP / Cuba)
– “Tejo Mar”, de Bernard Lessa (RJ)
– “Vailamideus”, de Ticiana Augusto Lima (CE)
– “Verona”, de Marcelo Caetano (SP)

Mostra Internacional
– “A Caça Revoluções”/ “The Revolution Hunter”, de Margarida Rego (Portugal)
– “Abandoned Goods”, de Ed Lawrenson e Pia Borg (Inglaterra)
– “An Der Tur” / “At the Door”, de Miriam Bliese (Alemanha)
– “Cambodia 2099”, de Davy Chou (França)
– “En Août”/ “In August”, de Jenna Hassej (Suíça)
– “La Reina”/ “The Queen”, de Manuel Abramovich (Argentina)
– “Me Tube”, de “Daniel Moshel” (Áustria)
– “Nevermind”, de Jean-Marc E. Roy (Canadá)
– “Oh Lucy”, de Atsuko Hirayagi (Japão)
– “Person to Person”, de Dustin Guy (Estados Unidos)
– “Ponto Morto”/ “Idle Road”, de Pedro Peralta (Portugal)
– “Redemption”, de Miguel Gomes (Portugal)
– “Rio-me porque és da aldeia e vieste de burro ao baile”, de Stealing Orchestra & Rafael Dionísio (Portugal)
– “Tant qu’il nous reste des fusils à pompe”/ “As long as shotguns remain”, de Caroline Poggi e Jonathan Vinel (França)
– “The Chicken”, de Una Gunjak (Alemanha)
– “The Dark, Krystle”, de Michael Robinson (Estamos Unidos)
– “Tornistan”/ “Backward Run”, de Ayce Kartal (Turquia)
– “Triangulo Dourado”/”The Golden Triangle”, de Miguel Clara Vasconcelos (Portugal)
– “Washingtonia”, de Konstantina Kotzamani (Grécia)
– “Wind”, de Robert Löbel (Alemanha)

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