Principais partidos do parlamento da Guiné-Bissau admitem criar Governo de Unidade Nacional

Da Redação
Com Lusa

Guine-BissauOs dois principais partidos no Parlamento da Guiné-Bissau, PAIGC e PRS, admitiram a possibilidade de ser criado um Governo de Unidade Nacional para desbloquear o impasse que se assiste no país há mais de um mês.

O Parlamento da Guiné-Bissau não consegue há mais de um mês agendar uma data para a discussão do programa do Governo, já que os dois partidos não se entendem quanto ao assunto.

Para tentar desbloquear a situação, a comunidade internacional representada no país tem promovido encontros para aproximar as direções do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e do Partido da Renovação Social (PRS).

Em separado, elementos da comunidade internacional, reuniram-se hoje com delegações dos dois partidos.

A saída dos encontros, Carlos Correia do PAIGC e Jorge Malú do PRS falaram, pela primeira vez e de forma aberta, na possibilidade de ser criado um Governo de Unidade Nacional.

Tanto Correia como Malú não especificaram, porém, de quem partiu a proposta do hipotético Governo, mas ambos deixaram claro que os seus partidos não colocam de parte essa possibilidade desde que sirva para tirar o país do impasse.

Nos últimos dias, tem circulado nos círculos políticos guineenses e diplomáticos a possibilidade de ser criado um Governo que juntasse todas as forças representadas no Parlamento e que tenha um primeiro-ministro nomeado por consenso.

“O PRS está aberto a qualquer solução que possa trazer paz para este país, que possa desbloquear o país e se esta for a solução nós estaremos na linha de frente”, declarou Jorge Malú, antigo presidente do Parlamento e um dos vice-presidentes do PRS.

Malú observou, contudo, que o seu partido ainda não recebeu nenhuma proposta oficial nesse sentido.

Já Carlos Correia, ex-primeiro-ministro e primeiro vice-presidente do PAIGC, não teve dúvidas em afirmar que para o seu partido a criação do Governo de Unidade Nacional “é única saída” para a crise política que assola o país “já que o atual parece não ter pernas para andar”, sublinhou.

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