Primeiro-ministro são-tomense chega em Luanda para reforçar cooperação

Da Redação
Com Lusa

O Primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe chegou nesta quinta-feira a Luanda para uma visita de trabalho, que inclui uma audiência com o Presidente de Angola, João Lourenço.

Jorge Bom Jesus, que não prestou declarações à sua chegada, foi recebido no aeroporto pelo secretário de Estado da Cooperação do Ministério das Relações Exteriores, Domingos Vieira Lopes.

Esta é a segunda visita que o chefe do Governo são-tomense realiza este ano a Angola, tendo na última, em fevereiro, sido igualmente recebido pelo chefe de Estado angolano.

Em fevereiro, Jorge Bom Jesus manifestou interesse do seu país em estabelecer “uma parceria estratégica com vantagens recíprocas e uma nova era de cooperação”.

Em 1995, Angola e São Tomé e Príncipe assinaram um acordo de Proteção Recíproca de Investimentos, para a criação de condições de estímulo às iniciativas privadas, bem como a intensificação da cooperação econômica entre os dois países.

Angola e São Tomé e Príncipe têm já acordos de cooperação nos domínios político, diplomático e econômico.

Em julho, Angola anunciou que estava a acertar posições com São Tomé e Príncipe sobre questões ligadas ao funcionamento da União Africana (UA), nomeadamente o projeto de restruturação da organização, a relação com as Comissões Econômicas Regionais, e as perspetivas da Zona de Livre-Comércio.

O assunto foi abordado entre o chefe da diplomacia angolana, Manuel Augusto, e a sua homóloga são-tomense, Elsa Pinto, à margem da 12ª Cimeira Extraordinária da UA, que decorreu em julho em Niamey, Níger.

Angola encontra-se numa fase de preparação dos procedimentos internos para ratificação do acordo de criação da Zona de Comércio Livre Africana, depois de ter assinado em março, de 2018, em Kigali, Ruanda, numa sessão extraordinária de chefes de Estado e de Governo da UA, enquanto, São Tomé e Príncipe, integra já o grupo de 25 países que ratificara, a convenção e espera que a sua implementação traga uma “nova perspetiva” para o crescimento africano e que “reduza as assimetrias”.

Os dois ministros discutiram ainda o funcionamento da UA, no que se refere ao projeto de reestruturação da organização, a relação com as Comissões Econômicas Regionais e os órgãos de gestão.

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