Da Redação
“Temos uma oferta notável de diversificação, de norte a sul, nas regiões autônomas, e a promoção do turismo passa também pela valorização da cultura nas suas diferentes dimensões, desde o patrimônio à gastronomia, à música, aos sítios naturais, à promoção de novas formas de turismo, como o cicloturismo ou o enoturismo”, afirmou o Primeiro-Ministro no final de uma longa visita à Feira de Turismo de Lisboa (BTL), que contou este ano com participação brasileira também.
António Costa acrescentou que “é nessa diversificação da nossa oferta que nós podemos, e certamente iremos, fazer deste setor um setor pujante para a economia nacional”.
O Primeiro-Ministro referiu a importância do investimento, referindo que foi assinado um conjunto de linhas de crédito que disponibilizam 60 milhões de euros para investimentos no setor, e o Instituto do Turismo vai passar a dispor de um novo fundo, de 50 milhões de euros para financiar o investimento no setor.
“Investir para poder crescer significa uma boa parceria entre o setor público e os privados”, sublinhou referindo-se à linha de crédito de 60 milhões entre vários bancos e o Turismo de Portugal, lançada pelo Ministro da Economia – que acompanhou também a visita de António Costa – na BTL.
As linhas de crédito são dirigidas às pequenas e médias empresas através de um modelo de partilha de risco e liquidez entre o sistema bancário e o Turismo de Portugal.
Requalificação e inovação
Visam a valorização a oferta turística, com um enfoque na requalificação de empreendimentos turísticos existentes, no desenvolvimento de projetos inovadores de empreendedorismo em áreas como a animação, de restauração e outras.
Manuel Caldeira Cabral sublinhou que há uma reforço das linhas de crédito, acrescentando que a oferta pode melhorar com o apoio do financiamento. “Neste caso, o Estado e a banca têm um papel importante”, disse.
Segundo ele, Portugal tem “todas as condições para haver mais investimento e mais emprego” porque há financiamento disponível para bons projetos: “Não basta haver mais e melhor procura, tem que haver melhores condições de financiamento», disse o Ministro.
António Costa afirmou que, além da facilitação do investimento, o Estado pode também contribuir do ponto de vista de formação para o crescimento da economia, e Portugal se for cada vez melhor servido por rotas internacionais poderá também ver crescer as suas receitas.
O Ministro da Economia apontou para a subida das receitas oriundas dos turistas estrangeiros que visitam Portugal para 12 mil milhões de euros este ano, acima dos 11,3 mil milhões de euros em 2015. “Portugal vai ter um ano de bater recordes no turismo, mais uma vez”, disse Caldeira Cabral.