Da Redação
Com Lusa
O primeiro-ministro afirmou que a proposta de Orçamento para 2018 será de “progresso sustentável” mas com gestão “prudente”, recusando a ideia de “folga financeira” e a perspetiva de dar “passo maior do que a perna”.
António Costa falava aos jornalistas no final de uma reunião de cerca de três horas na Assembleia da República com dirigentes e coordenadores do Grupo Parlamentar do PS, nesta quarta-feira.
Interrogado sobre as pressões para que a proposta de Orçamento do próximo ano possa ir mais longe em matéria de aumento de rendimentos, em consequência do maior crescimento económico verificado este ano, o líder do executivo respondeu: “Não há folga”.
“O maior crescimento econômico significa o sucesso destas políticas – um sucesso que resultou de haver reposição de rendimentos, maior investimento e maior consolidação orçamental. Foi essa maior confiança no funcionamento da economia portuguesa, afastando-se o espetro dos diabos que alguns imaginaram, que também tem permitido um maior crescimento econômico”, reagiu o primeiro-ministro.
De acordo com António Costa, se a confiança fosse colocada em causa, “o crescimento poderia não ser este”.
“Por isso, temos de continuar este caminho com prudência, com rigor e com ambição, quer na elaboração quer na execução do Orçamento”, frisou.
Oposição
Já o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, admitiu que o país estaria a “crescer mais” e a “reduzir mais a dívida” se o PSD estivesse a governar. “Hoje, que há condições de recuperação econômica, de emprego, de conjuntura externa favorável, o que nós esperamos é que se faça pelas oportunidades maiores no futuro, não é que se fique a viver da herança, das reformas que foram feitas, e da conjuntura que corre. O que nós queremos é criar condições para podermos estar a crescer mais e podíamos estar a crescer mais do que estamos a crescer hoje e, se nós estivéssemos a governar, estaríamos a crescer mais”, afirmou.
Passos Coelho falava no jantar autárquico do PSD de Celorico da Beira, no distrito da Guarda, de apoio à candidatura de Carlos Ascensão à Câmara Municipal local. “E estaríamos a reduzir mais a dívida, não há dúvida. E estaríamos a atrair melhores condições para o investimento”, sublinhou o líder do PSD no seu discurso.