Da Redação
Com Lusa
O primeiro-ministro afirmou nesta quarta-feira que os mais recentes indicadores assinalam que Portugal, ao longo dos últimos quatro anos, tem registrado uma trajetória de subida do salário mediano e uma redução da intensidade e do risco de pobreza.
António Costa invocou estes dados na abertura do debate quinzenal, na Assembleia da República, após uma intervenção inicial da líder parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, durante a qual se congratulou com a evolução da redução da pobreza no país, mas em que também advertiu que “o combate” tem de prosseguir, sobretudo para a eliminação de trabalhadores pobres.
Na sequência da intervenção de Ana Catarina Mendes, o primeiro-ministro referiu que, na terça-feira, “ficou a saber-se que há menos 500 mil pessoas em situação de risco de pobreza ou de exclusão social e que há menos 400 mil pessoas que se encontram em situação de privação material severa”.
“Sabemos também que a redução da taxa do risco de pobreza abrangeu quer as crianças, quer os idosos, quer ainda os desempregados – abrangeu todos os setores onde a pobreza tinha maior incidência.”, defendeu, antes de apontar que esta redução “ocorre num contexto de melhoria do rendimento mediano”.
“Essa melhoria do rendimento mediano também eleva o valor a partir do qual se considera um cidadão em risco de pobreza. Apesar dessa elevação da definição de limiar da pobreza, temos hoje menos pessoas em situação de pobreza. Isto é uma dupla vitória: Significa que o salário mediano tem subido e que, mesmo assim, o risco de pobreza continua a diminuir”, reforçou o líder do executivo.
Costa destacou que os números divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística demonstram uma tendência clara de “mais crescimento, mais e melhor emprego e mais igualdade em Portugal”.