Da Redação
Com Rádio ONU
Em entrevista, José Ulisses Correia e Silva, afirmou que a comunicação numa língua comum ajuda seu país a conectar-se com as demais nações de língua portuguesa e também a manter as diásporas em contato com seu próprio país, principalmente nos Estados Unidos, onde vive grande parte dos cabo-verdianos que residem no exterior.
A língua portuguesa ajuda a promover “um sentimento de pertença e identidade” entre os falantes do idioma que vivem em países lusófonos ou no exterior. A opinião é do primeiro-ministro de Cabo Verde, José Ulisses Correia e Silva.
Diretamente da Cidade da Praia, o primeiro-ministro cabo-verdiano falou da importância de um serviço de jornalismo como a ONU News em Português.
“Quando nós nos comunicamos em português, na língua que nós partilharmos com mais de 200 milhões de falantes no mundo, sentimo-nos primeiro com um sentimento de pertença, de identidade muito forte. E isto é muito válido para um país que tem uma diáspora importante, em países que não falam o português, que não têm o português como língua oficial. Estou a falar dos Estados Unidos, onde a nossa comunidade é muito importante, extensa, mas muitos países da Europa. O fato de termos este veículo de comunicação (ONU News) faz toda a diferença no sentido de aproximarmos o nosso país através da rádio como o vosso em termos de comunicação, mas também em termos também do sentimento de proximidade. E isto é muito importante.”
O primeiro-ministro de Cabo Verde foi entrevistado pela ONU News para falar sobre a campanha do governo em parceria com o Unicef para combater abuso sexual de crianças no país.
José Ulisses Correia e Silva disse que seu governo quer zerar os casos de abuso a menores em Cabo Verde.
“Quanto ao turismo nós estamos atentos. O governo está com programas preventivos envolvendo os operadores. Mas também tem criado todo um ambiente de sensibilização e de informação que coloca os olhos atentos relativamente à pratica deste tipo de situações, nomeadamente o turismo sexual, que em Cabo Verde não é tolerado, mas nós sabemos que há comportamentos que ultrapassam a capacidade de intervenção e de fiscalização do próprio Estado. A nossa atitude é proativa a nível interventivo mas também a nível punitivo para que não faça escola este tipo de crime.”
O governo publicou um estudo em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, que revela que haver fortes indícios de crianças e adolescentes envolvidos no turismo sexual.