Da Redação
Com Lusa
Bruxelas continua a prever que o crescimento da economia portuguesa abrande em 2019 e 2020, estimando que avance 1,7% nesses anos, menos do que o previsto pelo Governo, cujas estimativas são de 1,9% em 2019 e 2020.
Nas previsões da primavera divulgadas em Bruxelas, o executivo comunitário estima que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) continue a registar “uma expansão moderada”, ancorada no crescimento do investimento e do consumo privado cujo comportamento compensa parte do impacto negativo do comércio externo.
Bruxelas estima, assim, que em 2019 a economia avance 1,7% apontando para o mesmo valor em 2020, depois de ter crescido 2,1% em 2018.
Já nas previsões de inverno (que contemplam apenas o crescimento do PIB e a inflação) a Comissão Europeia projetava que o PIB se expandisse 1,7% em 2019 e 1,7% em 2020.
Confiante
O comissário europeu para os Assuntos Económicos e Financeiros, Pierre Moscovici, assegurou que Bruxelas mantém uma “opinião confiante” na economia portuguesa.
“O primeiro-ministro, António Costa, tem uma posição sábia e firme e não temos qualquer razão para alterar a nossa opinião confiante sobre a economia portuguesa”, disse Moscovici, questionado, em conferência de imprensa, sobre a crise política provocada pela questão da contabilização total do tempo de serviço dos professores.
O primeiro-ministro afirmou na segunda-feira, em entrevista à TVI, que vai “aguardar serenamente” a votação final do diploma relativo às carreiras dos professores e reiterou que, caso o parlamento aprove a reposição integral do tempo congelado, o Governo “não tem outro remédio” senão demitir-se.
O parlamento aprovou na quinta-feira, na especialidade, uma alteração ao decreto do Governo, com os votos contra do PS e o apoio de todas as outras forças políticas, estipulando que o tempo de serviço a recuperar pelos professores são os nove anos, quatro meses e dois dias reivindicados pelos sindicatos dos docentes.