Mundo Lusíada
Com agencias
O Estado português apenas atribuiu prestações de desemprego a 367 mil desempregados em março, deixando sem estes apoios cerca de 445 mil desempregados, segundo dados divulgados pela Segurança Social.
De acordo com os últimos dados disponibilizados na página da Segurança Social (www.seg-social.pt), em março existiam 366.914 beneficiários de prestações de desemprego, menos 6.741 pessoas do que em fevereiro e o equivalente a 45% do último número total de desempregados contabilizados pelo Eurostat.
Os últimos dados divulgados pelo Eurostat contabilizavam, em fevereiro de 2014, um total de 812 mil desempregados, com a taxa de desemprego a situar-se nos 15,3% pelo terceiro mês consecutivo.
Os números da Segurança Social incluem o subsídio de desemprego, subsídio social de desemprego inicial, subsídio social de desemprego subsequente e prolongamento do subsídio social de desemprego, prestações que atingiram em janeiro o valor médio de 468,93 euros, face aos 491,25 euros observados um ano antes.
O Porto é o distrito com o maior número de beneficiários com prestações de desemprego, tendo sido em março atribuídos subsídios a 78.422 pessoas.
Segue-se o distrito de Lisboa, com 72.246 desempregados a receberem prestações de desemprego e o de Setúbal (com 31.713 desempregados com direito a subsídio).
Os beneficiários do sexo masculino são em número superior (194.058 pessoas), em relação aos do sexo feminino (172.856).
Redução do trabalho
O Governo português admite prolongar até ao final do ano a redução do valor do trabalho extraordinário introduzida no Código do Trabalho em agosto de 2012.
Esta medida corresponde a uma reivindicação das confederações patronais, em particular, da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), e significa que os trabalhadores quando fazem horas extraordinárias ou trabalham em dia feriado irão continuar a receber metade do que recebiam antes dessa alteração, que era suposto vigorar até 31 de julho deste ano.
Para o Ministro da Economia, António Pires de Lima, a capacidade de Portugal atrair investimento vem aumentando. Sublinhando que “sem investimento privado, é difícil – ou mesmo impossível – criar emprego”, o Ministro afirmou: “O momento de viragem só pode consolidar-se com o motor do investimento, que pode atirar Portugal para taxas de crescimento que os macroeconomistas são incapazes de prever”.
Desemprego no Brasil
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou no dia 28 que o Brasil foi um dos poucos países que conseguiu reduzir o desemprego em meio à grave crise da economia internacional. “Mesmo durante os cinco anos da crise, conseguimos manter o estado de bem estar social, gerando emprego e reduzindo a desigualdade de renda”, ressaltou.
O ministro voltou a dizer que o grande objetivo da política econômica é melhorar o padrão de vida da população. “O Brasil é um dos poucos países onde a qualidade de vida vem melhorando para a grande maioria da população. Entre 2003 a 2013, por exemplo, a renda per capta cresceu 29,3%”.
Entre 2003 e 2013, os investimentos cresceram 6,1%. De acordo com o ministro, essa é uma bela taxa de expansão. “E tem gente que acha que nós descuidamos dos investimentos em favor do consumo. Isso é um equívoco. Em 2013, por exemplo, os investimentos cresceram 6,2%, enquanto o consumo, 2,3%”, comentou.