Mundo Lusíada
Com Lusa
O chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, esteve reunido com o presidente norte-americano, Donald Trump, e congratulou-se pelo fato de ir se encontrar com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, considerando ser “boas notícias”.
Marcelo Rebelo de Sousa falava no início de um encontro com o Presidente dos Estados Unidos da América na Sala Oval da Casa Branca, em Washington, após ouvir Donald Trump defender que as tarifas alfandegárias sobre importações de aço e de alumínio da União Europeia, do México e do Canadá “têm sido incríveis” para a economia norte-americana.
Numa altura em que a comunicação social estava prestes a sair da sala, o Presidente português observou apenas: “Vai encontrar-se com o Presidente Juncker, isso são boas notícias. São boas notícias”.
Nestas declarações aos jornalistas, em que Trump falou sobre as relações bilaterais entre Portugal e os Estados Unidos, mas respondeu a vários questões sobre assuntos internos, Marcelo Rebelo de Sousa ouviu-o também defender a necessidade de “fronteiras fortes”.
“Eu acho que é bom para nós”, disse o Presidente norte-americano e, virando-se para Marcelo Rebelo de Sousa, comentou: “Eu nem sequer sei o que pensa sobre isso”.
O Presidente português pareceu expressar discordância, abanando ligeiramente a cabeça, enquanto Trump prosseguia: “Eu acho que fronteiras fortes e ausência de crime, isso somos nós”.
CR7
“Cristiano Ronaldo alguma vez se candidataria contra si à Presidência da República?” Vale a pena ouvir a resposta e toda a aula de História. ?https://t.co/epSLtOMj14… via @SICNoticias pic.twitter.com/FHT1dHIUvT
— Diana Duarte (@ydianaduarte) June 27, 2018
A comunicação social relatou ainda a conversa entre os presidentes que começou no futebol e terminou na política. Trump não confirmou se iria assistir a algum jogo da Copa na Rússia, mas brincou: “E se Cristiano concorrer contra o presidente?” O presidente português logo respondeu: “Portugal não é os Estados Unidos”.
“Foi um encontro caloroso e não por causa dos dois líderes serem pessoas calorosas, mas sim porque havia uma predisposição criada pelo calor existente entre os dois povos e pelo peso da comunidade portuguesa residente nos Estados Unidos”, mencionou Marcelo Rebelo de Sousa no encontro com a imprensa.
Segundo o chefe de Estado português, foi um “encontro muito positivo”, “porque havia uma disponibilidade para ouvir e para falar” de ambos lados, apesar de convergências em assuntos como imigração.
Segundo o chefe de Estado português, houve das duas partes “disponibilidade não apenas para falar, mas para ouvir” e “o mesmo calor que houve na parte afirmativa de convergência, houve na parte de existência de divergências”, sendo a política de imigração “uma das áreas de divergência”.
“Sempre que eu tenho oportunidade de explicar por que é que Portugal acolhe imigrantes, explico. E aproveito para fazer pedagogia, para explicar como é a realidade portuguesa”, referiu Marcelo Rebelo de Sousa, acrescentando: “Nenhum encontro é exceção a esta prática que eu adoto sempre”.
“Acho que é muito importante, porque, por muito que conheçam Portugal, descobrem sempre um Portugal desconhecido e que pode ser pedagógico e interessante conhecer”, considerou.
Interrogado sobre se falou com Donald Trump especificamente sobre a situação na fronteira dos Estados Unidos com o México e do que isso representa em termos de Direitos Humanos, o Presidente da República não quis “entrar em pormenor”.
Today, it was my great honor to welcome President Marcelo Rebelo de Sousa of Portugal to the @WhiteHouse!???? pic.twitter.com/yd37K4Ei8R
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) June 27, 2018