Presidente: Turismo em Portugal está “em velocidade de cruzeiro”

Da Redação com Lusa

O Presidente da República considerou terça-feira que o turismo em Portugal “está em velocidade de cruzeiro” e realçou que o país “tem uma estrutura turística cada vez mais diversificada” e “capaz de responder a públicos diferentes”.

Falando numa cerimônia promovida pela Associação de Hotelaria de Portugal, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa disse não estar preocupado com o aumento do turismo, e deu como exemplo que “bastava ver hoje a fila para os Jerónimos ao fim da manhã, começo da tarde”.

“Vários dos que estavam em fila não chegaria aos Jerónimos senão duas horas, duras horas e meia, não sei se mais, desde o momento em que entraram nessa fila”, comentou, apontando que vê que “há uma recuperação” também noutras zonas do país.

O Presidente português considerou que “o turismo esteve muito bem até praticamente o final de novembro, aí diminuiu, como é normal [em] novembro, dezembro, […] e recomeçou logo no final de janeiro”.

“Está em velocidade de cruzeiro, ascendente, em fevereiro. Portanto eu não tenho dúvidas, Portugal é de facto um destino ideal”, salientou, considerando que o país é “visto como uma ilha no meio do Atlântico, é Europa mas está suficientemente longe na percepção das pessoas da guerra para aparecer como não sendo Europa”.

“É um país pacífico, é um país seguro, é um país que acolhe muito bem, é um país que tem uma estrutura turística cada vez mais diversificada, mais completa, mais capaz de responder a públicos diferentes”, salientou.

Marcelo Rebelo de Sousa afirmou também que o “grande problema” da hotelaria é a mão-de-obra.

“Razão pela qual se deve gerir com muito bom senso um dossiê muito sensível que é precisamente o da mão-de-obra disponível para esse efeito”, defendeu, referindo que “essa mão-de-obra em muitos casos não é portuguesa, é estrangeira”.

O Presidente da República assinalou igualmente que “logo a seguir ao arranque da pandemia, o número de sem-abrigo subiu em flecha, com mais jovens, com mais jovens estrangeiros e vindos num número elevadíssimo da hotelaria e da restauração”, que ficaram sem emprego.

“Alguns regressaram, outros já não regressaram [aos empregos nesta área], foram para outros setores”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, apontando que a hotelaria recorreu “a reformados ou pessoas que tinham já uma idade mais elevada” e tem procurado “crescentemente outros recursos humanos à medida do crescimento da procura”.

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