O chefe de Estado da Guiné- Bissau, João Bernardo Nino Vieira, quer que 2006 seja o ano da reconciliação dos guineenses, defendeu no seu discurso à nação em 03 de janeiro. No novo ano, o Presidente guineense espera que todos os cidadãos estejam mais unidos e esqueçam as querelas políticas que “em nada contribuem para o avanço” do país.
Durante discurso, Nino Vieira reafirmou o seu compromisso de ser “Presidente de todos os guineenses”, mesmo reconhecendo que foi conturbado o processo eleitoral de junho.
Para 2006 destaca como prioridades a elevação dos níveis da Guiné-Bissau nos domínios da cultura, da ética, da literatura, da ciência e da democracia. O chefe de Estado guineense apontou igualmente como objetivos o ensino de qualidade, o combate a grandes endemias como o HIV/SIDA, uma melhor resposta da justiça e o fornecimento de energia elétrica.
O presidente aproveitou para agradecer novamente a participação e contribuição da comunidade internacional, nomeadamente à Organização das Nações Unidas (ONU), à União Africana (UA), à Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CDEAO), à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e à União Européia (UE). PNN
Nino Vieira pede “nova atitude”
Presidente da Guiné-Bissau abriu ano legislativo
O chefe de Estado guineense, João Bernardo “Nino” Vieira, defendeu, na segunda-feira, 21 de novembro, na abertura da primeira sessão do ano legislativo 2005/06, a construção de uma “nova atitude nacional” na Guiné-Bissau.
No seu discurso, o Presidente guineense manifestou a sua “disponibilidade” para colaborar com o Parlamento na construção dessa “nova atitude”. Vieira comprometeu-se também a agilizar os trabalhos do Parlamento e “estimular a auto-estima” nacional. Aos deputados presentes na abertura da sessão legislativa, o Presidente da República pediu para que se revejam nos interesses globais do país, pondo de parte “visões partidárias isoladas”. João Bernardo Nino Vieira prometeu ainda exercer e fazer exercer “a autoridade democrática do Estado”. Fonte: PNN
Eleito o novo primeiro-ministro guineense
O sucessor de Carlos Gomes Júnior, ex-primeiro-ministro da Guiné-Bissau, é Aristides Gomes. Após quatro dias de discussões, a nomeação se deu em 2 de novembro pelo presidente João Bernardo “Nino” Vieira, através de decreto presidencial. O novo elenco governamental é integrado na maioria por ex-dirigentes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC): oito ministros e dois secretários de Estado.
Várias vezes ministro durante os governos de Nino Vieira, Aristides Gomes foi suspenso do (PAIGC) em maio deste ano. Foi acusado de ter “violado os estatutos e as orientações do partido” ao apoiar o atual chefe de Estado nas eleições presidenciais deste ano.
Carlos Gomes Júnior foi exonerado na sexta-feira, 28 de setembro, por Nino Vieira. No decreto presidencial, o chefe de Estado guineense justificava a exoneração com a “crispação das relações” entre os órgãos de soberania, o Governo e alguns serviços sensíveis e básicos do Estado. PNN
Ex-ministro não comparece a cerimônia de posse do novo ministro
O ex-primeiro Ministro Carlos Gomes Júnior não compareceu a cerimônia de posse do novo ministro Aristides Gomes. Além de se recusar a comparecer, Carlos Gomes Jr afirmou que não reconhece o novo governo e “nem está disposto a nenhum contato com Aristides Gomes” segundo informou o “Bissau.com”. Já foi entregue ao Supremo Tribunal da Justiça (STJ) e na Assembléia Nacional Popular (ANP) um requerimento para impugnar a nomeação de Aristides Gomes para o cargo primeiro-ministro.
Carlos Gomes Jr exortou que seu partido não vai aceitar deputados independentes na ANP e pediu aos militantes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) para avisarem os seus eleitores nos setores e regiões para exigirem os deputados que não querem defender no parlamento os interesses do seu partido para darem lugar a outros, porquanto o mandato é do povo e não pode ser vendido a outras forças políticas. Também ironicamente, o ex-primeiro ministro afirmou que ele, assim como outros partidos políticos fizeram, poderá comprar deputados para ter maioria no parlamento e solicitar o seu regresso ao governo. Fonte: Bissau.com