Da Redação
Com agencias
A antestreia do filme “Silêncio” do realizador Martin Scorsese, em 12 de janeiro, contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do antigo chefe de Estado António Ramalho Eanes.
No Centro Cultural de Belém estiveram ainda o núncio apostólico em Portugal, Rino Passigato, o cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, o secretário do núncio apostólico, Andrea Piccioni, e o vigário regional do Opus Dei em Portugal, padre José Rafael Espírito Santo.
No final, o Presidente da República saudou o relevo dado a uma fase da História dos portugueses no mundo, mais concretamente no Japão. Para Marcelo Rebelo, o filme “é um desafio que se faz em relação aos crentes para verem a forma como vivem a sua fé, e para os não-crentes a compreensão do que é a fé dos crentes”, disse Marcelo Rebelo de Sousa à saída da sala, ao Família Cristã.
O filme, que o realizador norte-americano esperou quase 20 anos para concretizar, conta a viagem de dois missionários jesuítas portugueses – Sebastião Rodrigues (Andrew Garfield) e Francisco Garupe (Adam Driver) – de Macau para o Japão, no século XVII, em busca do mentor, o padre Cristóvão Ferreira (Liam Nesson), para confirmar se o jesuíta, perseguido e torturado pelas autoridades japonesas, renunciou à fé cristã.
Em território nipônico, sob o xogunato de Tokugawa Ieyasu, que baniu o catolicismo e quase todo o contato com os estrangeiros, os dois jovens religiosos testemunham a perseguição dos japoneses cristãos pelas autoridades.
O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, o secretário de Estado da Cultura, Miguel Honrado, a secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Teresa Ribeiro, e o ex-vice-primeiro-ministro Paulo Portas também assistiram à antestreia de “Silêncio”, além de vários deputados portugueses dentre os cerca de 1.400 convidados.
A estreia, no dia 19 deste mês, vai ser acompanhada por várias iniciativas para debater o papel dos jesuítas em Portugal e no mundo, a perseguição religiosa, as relações entre Portugal e o Japão, a arte e a religião”, de acordo com uma nota da organização do programa, desenvolvido em cooperação com a Companhia de Jesus.
O filme de Scorsese baseia-se no romance homônimo do japonês Shusaku Endo, publicado em 1966.