Da redação com Lusa
O Ministério Público deteve hoje um dirigente desportivo, dois empresários e um agente do futebol e realizou cerca de 45 mandados de busca a sociedades, residências, escritórios de advogados e uma instituição bancária, em Lisboa, Torres Vedras e Braga.
Esta informação consta de um comunicado do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), que não revela os nomes dos suspeitos, porém, fonte ligada ao processo, confirmou à agência Lusa que um dos detidos é o presidente do Benfica Luís Filipe Vieira.
No comunicado do DCIAP, os quatro detidos, que segundo vários órgãos de comunicação social são, além de Luís Filipe Vieira, o seu filho Tiago Vieira, o empresário José António dos Santos, conhecido como “o rei dos frangos”, e agente desportivo Bruno Macedo, são suspeitos de estarem envolvidos num processo em que se investiga “negócios e financiamentos em montante total superior a 100 milhões de euros, que poderão ter acarretado elevados prejuízos para o Estado e para algumas das sociedades”.
Está previsto que os detidos sejam presentes na quinta-feira a primeiro interrogatório judicial com vista à aplicação de medidas coação, tendo em conta “indícios já recolhidos, com vista a acautelar a prova, evitar ausências de arguidos e prevenir a consumação de atuações suspeitas”.
A imprensa portuguesa comenta que a direção do Benfica se reúne neste dia 07 de emergência após os acontecimentos desta quarta-feira.
Em comunicado, a Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou que as detenções evitam fugas e levam em conta os “indícios já recolhidos”, têm por objetivo “acautelar a prova, evitar ausências de arguidos e prevenir a consumação de atuações suspeitas em curso”.
Negócios
Segundo a investigação, os suspeitos estão envolvidos em negócios e financiamentos superiores a 100 milhões de euros.
Nota do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) indica que os detidos são suspeitos de estarem envolvidos em “negócios e financiamentos em montante total superior a 100 milhões de euros, que poderão ter acarretado elevados prejuízos para o Estado e para algumas das sociedades”.
Em causa, adianta, estão “fatos ocorridos, essencialmente, a partir de 2014 e até ao presente” e suscetíveis de serem “crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento”.
Está previsto que os quatro detidos sejam presentes na quinta-feira a primeiro interrogatório judicial com vista à aplicação de medidas coação, “com vista a acautelar a prova, evitar ausências de arguidos e prevenir a consumação de atuações suspeitas”.