Presidente de Portugal prestou homenagem no velório da Rainha Elizabeth II em Londres

Marcelo Rebelo de Sousa, fala aos jornalistas, na Embaixada de Portugal, em Londres, onde chegou hoje para participar no funeral da Rainha Isabel II que se realizará amanhã, dia 19 de setembro, Londres, Inglaterra, Grã-Bretanha, 18 de setembro de 2022. A Rainha Isabel II morreu a 08 de setembro aos 96 anos no Castelo de Balmoral, na Escócia, após mais de 70 anos do mais longo reinado da história do Reino Unido. NUNO VEIGA/LUSA

Mundo Lusíada com Lusa

O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, prestou neste dia 18 homenagem à rainha Isabel II no Palácio de Westminster, em Londres, onde o corpo se encontra em câmara ardente.

Ao chegar ao balcão onde os representantes oficiais dos países são encaminhados pelos assistentes parlamentares, o Presidente português desceu ao nível do chão para se aproximar mais e benzeu-se ao passar junto ao caixão, perto do público e dos guardas.

O Chefe de Estado foi acompanhado pelo embaixador de Portugal em Londres, Nuno Brito, e pela chefe do Protocolo de Estado, embaixadora Clara Nunes dos Santos.

De seguida, o Presidente assina o Livro de Condolências oficial em Lancaster House antes de participar numa recepção no Palácio de Buckingham oferecida pelo Rei Carlos III aos líderes internacionais que viajaram para presenciar as cerimônias fúnebres com honras de Estado na segunda-feira.

O caixão da rainha está desde quarta-feira no Palácio de Westminster, o edifício do parlamento britânico, sobre uma plataforma designada por catafalco, coberto pelo estandarte real e com a coroa imperial, orbe e ceptro reais em cima, as joias da coroa que recebeu aquando da coroação em 1953.

Milhares de pessoas esperaram até 24 horas nos últimos dias para entrar no local e prestar uma última homenagem durante a câmara ardente, formando uma fila que chegou aos oito quilômetros.

Atualmente o tempo de espera é de 13 horas e as autoridades estão a considerar encerrar a entrada de mais pessoas porque o acesso ao velório fecha às 06:30 de segunda-feira.

A polícia de Londres comunicou entretanto ter acusado um homem de 28 anos que avançou na direção do caixão no domingo de “causar alarme, assédio ou angústia” para comparecer no Tribunal de Westminster na segunda-feira.

Nesta noite, às 20:00, o Reino Unido cumpre um minuto de silêncio como “momento de reflexão” em memória da monarca, que morreu em 08 de setembro aos 96 anos após 70 de reinado, o mais longo de sempre no Reino Unido.

Na segunda-feira terá lugar uma missa na Abadia de Westminster para cerca de 2.200 convidados e um cortejo militar do caixão pelas ruas de Londres acompanhado pelo Rei e membros da família real.

Cerca de um milhão de pessoas deverá afluir à cidade para assistir às cerimônias nas ruas, adiantou o presidente-executivo da entidade responsável pelos transportes de Londres TfL, Andy Byford.

A rede ferroviária programou cerca de 250 comboios adicionais, enquanto que no aeroporto de Heathrow, o maior da capital, mais de 100 voos serão cancelados para evitar que o ruído dos aviões perturbe os serviços fúnebres na abadia de Westminster de manhã e no castelo de Windsor à tarde.

As autoridades disse foram erguidas barreiras ao longo de 36 quilômetros no centro de Londres para controlar multidões e manter seguras algumas áreas importantes em torno do parlamento, da Abadia de Westminster e do Palácio de Buckingham.

A polícia de Londres considera esta a maior operação e mais complexa de segurança na capital, com mais de 10.000 agentes nas ruas por dia, o que levou à mobilização de polícias do resto do país.

As forças armadas também estão envolvidas, não só na segurança mas também nos cortejos, tendo sido destacados 5.949 soldados desde a morte da monarca, além de 175 efetivos de forças de nações da Commonwealth.

Destes, pelo menos 1.650 vão participar no cortejo do caixão da rainha desde a abadia de Westminster até ao Arco de Wellington, após o funeral, 1.000 vão estar ao longo das ruas, e outros 1.170 vão acompanhar o cortejo e cerimônias no Castelo de Windsor, onde o corpo será sepultado.

Multidão

Centenas de seguranças vão dando instruções, em alguns pontos, com megafones, e foram instalados ecrãs que vão avisando, logo à saída das estações de metro e em outros pontos, que as pessoas estão a tentar aceder a uma zona congestionada que obriga a longa espera.

Em toda a zona são já visíveis também as vedações e outra logística que vai permitir a organização das multidões que previsivelmente vão querer na segunda-feira aceder aos pontos de passagem do cortejo fúnebre da rainha Isabel II.

As autoridades policiais e da cidade dizem que a operação é maior do que a dos Jogos Olímpicos de 2012 e do que a do fim-de-semana do Jubileu de Platina, a celebração dos 70 anos de reinado de Isabel II, no início de junho.

Já neste domingo, centenas de milhar de pessoas escolheram ir, véspera do funeral, ao Palácio de Buckingham e aos parques envolventes, em Londres, provocando longas filas e congestionamentos nos acessos a diversos pontos de homenagem à monarca.

Presidente do Brasil

O presidente brasileiro Jair Bolsonaro também visitou hoje (18) o caixão da rainha Elisabeth II e assinou o livro de condolências da monarca, e estava com a primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Na visita ao caixão, também estava acompanhado do pastor Silas Malafaia. Ainda, Bolsonaro participa de recepção real promovida pelo rei Charles III no Palácio de Buckingham.

Por meio do Twitter, Bolsonaro lamentou a morte da rainha e citou a visita que ela fez ao Brasil, em 1968. “Nossos sentimentos à família rainha e ao povo do Reino Unido. No Brasil, temos forte em nossa lembrança ainda sua passagem por lá, em 1968. Por tudo que ela representou para o seu país e para o mundo, o momento é de pesar e de reconhecimento de tudo que ela fez pelo mundo”, disse.

Bolsonaro também esteve na embaixada do Brasil em Londres onde discursou perante cerca de 200 apoiantes. Na terça-feira (20), Bolsonaro estará em Nova York, nos Estados Unidos, para participar da Assembleia Geral das Nações Unidas. Pela tradição, cabe ao presidente brasileiro fazer o discurso de abertura.

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