Presidente de Angola diz que perder Soares “abre vazio difícil de preencher”

Da Redação
Com Lusa

Mario Soares. Foto: Carlos Botelho
Mario Soares. Foto: Carlos Botelho

O Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, recordou o antigo chefe de Estado Mário Soares como uma “referência incontornável” da luta pela democracia em Portugal e considerou que a sua morte “abre um vazio difícil de preencher”.

José Eduardo dos Santos transmitiu “as mais sentidas condolências por essa perda” numa carta que foi entregue ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, pelo presidente da Assembleia Nacional de Angola, Fernando da Piedade Dias dos Santos.

Na carta, a que a agência Lusa teve acesso, o Presidente de Angola afirma que tomou conhecimento da morte de Mário Soares “com profunda consternação” e recorda-o como “figura cimeira da história recente de Portugal e uma referência incontornável na luta pela instauração e consolidação da democracia na pátria de Camões”.

José Eduardo dos Santos refere que Mário Soares foi fundador do PS, com “uma vida dedicada inteiramente à defesa dos seus ideais”, e “marcou de forma decisiva, como primeiro-ministro e Presidente da República, a vida política portuguesa na segunda metade do século XX”.

“Mesmo desligado nos últimos anos da política ativa, o Dr. Mário Soares nunca deixou de intervir de forma apaixonada na discussão dos assuntos mais prementes da atualidade portuguesa e mundial. Em meu nome pessoal e em nome do Governo e do povo angolano gostaria de exprimir a vossa excelência as mais sentidas condolências por essa perda, que abre um vazio difícil de preencher”, acrescenta.

O presidente da Assembleia Nacional de Angola, Fernando da Piedade Dias dos Santos, encontra-se em Portugal para participar nas cerimônias fúnebres de Mário Soares, em representação do Estado angolano.

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