Da Redação
O presidente da Guiné-Bissau, José Mario Vaz, destacou esta quinta-feira, no debate de alto nível da Assembleia Geral da ONU, os progressos feitos pelo seu país.
“Os últimos progressos políticos e sociais testemunham de que o povo guineense e as Forças Armadas, junto e mobilizados, disseram basta à instabilidade e rumo ao desenvolvimento.”
Mário Vaz apontou várias ações do último ano que mostram que o país está no bom caminho, como a formação de um governo de inclusão, a reabertura da Assembleia Nacional Popular, a prorrogação do mandato dos deputados, a eleição dos membros da Comissão Nacional de Eleições e, finalmente, a aprovação do Orçamento do Estado.
O presidente guineense falou das eleições legislativas marcadas para 18 de novembro. Segundo ele, o recenseamento eleitoral começou este mês, com algum atraso, devido a razões técnicas e financeiras.
Mario Vaz também afirmou que “pela primeira vez na história da democracia guineense uma legislatura chegou ao fim, sem interrupções originadas por golpes de Estado e outros incidentes”.
O presidente guineense mencionou as sanções impostas pelo Conselho de Segurança a vários militares guineenses.
“Aproveito esta oportunidade para apelar à comunidade internacional, ao Conselho de Segurança, com prorrogativas exclusivas nesta matéria, em nome da justiça e da concórdia nacional, que sejam levantadas as sanções que foram aplicadas a alguns oficiais das nossas Forças Armadas. Tal decisão, há muito desejada e esperada, ajudaria também na consolidação das instituições democráticas e da paz duradoura no nosso país.”
Mário Vaz lembrou ainda a aprovação de uma quota mínima de 36% para mulheres em todos os cargos elegíveis, dizendo que “está satisfeito e grato” por esse progresso nacional.
Nações Unidas
No seu discurso, Mário Vaz agradeceu o “novo impulso” que o secretário-geral da ONU, António Guterres, deu à organização. O presidente também destacou a importância do multilateralismo e das instituições internacionais.
“Vivemos numa aldeia global, onde todos são responsáveis, não apenas pelo que acontece no seu próprio território, mas dada a interdependência dos países, as políticas nacionais de uns podem afetar gravemente todos os outros, o que exige uma responsabilidade partilhada.”
A nível dos desafios internacionais, Mário Vaz destacou os conflitos na Palestina, no Iémen e na Síria. Sobre as mudanças climáticas, o representante declarou que “exigem de todos esforços, novas atitudes e comportamentos mais responsáveis”.