Presidente da Câmara Portuguesa do Rio destaca importância de Encontro Empresarial

 

Em entrevista ao Portugal Digital, Luís Avillez fala da organização do evento, das expectativas e também daquele que considera ser o problema maior das câmaras: a falta de interlocutor em Portugal.

 

Da Redação Portugal Digital

Cerca de duas centenas de empresários e executivos participam na sexta-feira, 7 de dezembro, no Rio de Janeiro, do 4º Encontro Empresarial Brasil-Portugal, dedicado este ano à Energia.

Promovido pelo Conselho das Câmaras Portuguesas do Brasil e organizado pela Câmara Portuguesa de Indústria e Comércio do Rio de Janeiro, o encontro reúne autoridades, especialistas, empresas e instituições do setor de energia dos dois países.

De acordo com Luís Avillez, presidente da Câmara Portuguesa do Rio de Janeiro, “apesar das dificuldades habituais neste tipo de evento, as expectativas quanto ao número de participantes e ao interesse do Encontro são boas”. “A dois dias do evento já temos mais de 200 inscritos”, refere em entrevista ao Portugal Digital.

Embora no último ano se tenha assistido a elevado número de eventos dedicados à apresentação e discussão de temas ligados ao setor energético, refletindo a procura e desenvolvimento de energias alternativas, designadamente os biocombustíveis, o Encontro organizado pela Câmara do Rio “ainda atrai o interesse” das empresas.

“O Brasil ainda é muito apetecível e o Rio de Janeiro tem muito a oferecer nesta área”, diz Luís Avillez, que destaca o papel da Federação das Indústrias do Estado do Rio (FIRJAN) no apoio à organização do evento. “Quero realçar o grande apoio que tivemos da Firjan e, em particular, do Centro Internacional de Negócios (CIN) e do seu presidente, dr. Amaury Temporal”, realça o presidente da Câmara.

O apoio às empresas e aos empresários que querem investir num ou outro lado do Atlântico é uma das razões de existência das câmaras de comércio. Um objetivo nem sempre fácil de realizar. Os meios financeiros são escassos e, na opinião de Luís Avillez, um dos problemas maiores é “a falta de interlocutor institucional do lado português”. “Dar resposta aos pedidos de informação dos portugueses que querem investir no Rio não é difícil, pois contamos com o apoio, com a assessoria da Firjan”, explica.

“Mas o difícil é obter respostas para quem quer investir em Portugal”, enfatiza. E, nesta área, questiona o funcionamento da AICEP – a agência portuguesa para investimentos e comércio exterior. “O funcionário do ex-Icep (atual AICEP) no Rio foi demitido e não foi substituído; o diretor do AICEP em São Paulo vai regressar ao país, e em Portugal não há um serviço que tenha um papel de interlocutor”, conclui.

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