Prejuízo da TAP chega ao dobro do previsto

A TAP desencadeou um Plano de Emergência para tentar minimizar o aumento “brutal” do preço dos combustíveis, o que levou a acumular prejuízos na ordem dos 100 milhões de euros, o dobro previsto no orçamento.

Mundo Lusíada

Manuel de Almeida/Lusa Portugal

>> O Presidente executivo da TAP, Fernando Pinto, fala à imprensa sobre a crise econômica mundial e o impacto da situação na estratégia da empresa, hoje 26 de Junho de 2008 na sede em Lisboa.

O aumento no preço do combustível levou a TAP registrar prejuízos de 102 milhões de euros entre janeiro e maio últimos, o dobro do previsto, segundo o presidente da companhia aérea portuguesa, Fernando Pinto.Em conferência de imprensa sobre o impacto da escalada dos preços dos combustíveis nas contas da companhia, no último 26 de junho, Fernando Pinto afirmou que o gasto adicional com combustível foi o dobro dos 50 milhões de euros orçamentados para o período. No ano passado, a TAP registrou prejuízos de 18 milhões de euros, afirmou o presidente da companhia aérea, citando que o preço do combustível para avião duplicou em quatro anos e voltou a duplicar em dez meses.

Fernando Pinto apresentou um cenário hipotético provocado pelo aumento do preço dos combustíveis, explicando que se a escalada de preços continuar e que se a companhia aérea não avançar com medidas, os prejuízos este ano poderão chegar a 154 milhões de euros. Neste cenário, a meta de lucros de 64 milhões de euros fixada pelo governo seria “irreal”. “As metas são para ser cumpridas em condições normais. Nas condições atuais, essa meta é irreal”, afirmou Fernando Pinto. Segundo ele, o Ministério das Obras Públicas, que tutela a empresa, já está a par destes resultados.

A TAP já tem em curso um plano de 84 ações destinadas a reduzir os custos da empresa, mas o presidente da empresa se recusou a apontar quais áreas que serão abrangidas.

TAP nega fusão com TAM e TAAG Fernando Pinto ainda negou a hipótese de fusão da empresa com a brasileira TAM e com a transportadora angolana TAAG. A informação havia sido avançada pelo “Jornal de Negócios” de Portugal, dizendo que a TAP estudava um cenário de fusão entre as empresas, e que a possibilidade era avaliada também pelo vice-ministro português de Obras Públicas, Paulo Campos.

“Não existe nada”, afirmou o presidente da TAP, afastando também a hipótese de que a fusão esteja sendo negociada entre os três governos, à margem da TAP, “porque a TAM é uma empresa privada”. No mesmo dia, a companhia aérea brasileira também negou a notícia. “A informação não procede”, diz a assessoria de imprensa da TAM.

“A TAP assumiria o papel de pivot nos vôos de Angola e do Brasil para a Europa, permitindo-lhe ainda penetrar noutros países dos continentes americano e africano. É de há muito conhecido, por exemplo, o interesse da transportadora em voar para a Argentina”, enquanto a Já a TAM e a TAAG “teriam uma porta aberta para a Europa” havia divulgado o jornal. Com Agencia Lusa

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