Da redação com agencias
A capital paulista vai adotar a exigência de um passaporte de vacinação para entrada em estabelecimentos, que deve estar em vigor nas próximas semanas.
O prefeito Ricardo Nunes (MDB) confirmou na última semana que testes estão sendo feitos e deverão entrar de vigor em breve, e locais que não cumprirem serão multados. Segundo divulgou o UOL, o documento poderá ser adquirido pelo aplicativo do município eSaúde, ou através do comprovativo físico.
Já o Grande Prêmio de São Paulo 2021, novo nome da etapa brasileira da Fórmula 1, está confirmado para este ano e será realizado em novembro, no Autódromo de Interlagos, com 100% do público, obrigatoriedade do uso de máscara e da vacinação.
“Obviamente só poderá participar quem estiver vacinado. Então, a vacina, além de ser um passaporte para salvar a vida da pessoa e da coletividade, também será um passaporte para participar das atividades aqui na cidade”, disse o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes. O secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, acrescentou que as pessoas também deverão ser testadas 48 horas antes do horário da prova.
Três lotes de ingressos para assistir a prova já foram vendidos em apenas três dias e um novo lote será disponibilizado a partir do dia 27 de agosto, ao meio-dia. Segundo Alan Adler, CEO (chief executive officer, diretor presidente) e promotor da prova, cerca de 20 mil ingressos serão colocados à venda. Os ingressos serão liberados para aqueles que se cadastrarem em uma lista de espera, disponível no site.
No último dia 17, a capital anunciou que ultrapassou os 100% de sua população adulta vacinada com pelo menos uma dose dos imunizantes disponíveis contra a Covid-19. Até aquela terça-feira, 8.929.953 pessoas tomaram a primeira dose e outras 318.498 a dose única das vacinas na capital.
Assim, o índice chegou a 100,2% do público-alvo, ao começar a vacinação dos jovens, de 16 e 17 anos, com deficiência permanente ou comorbidades, além de grávidas e puérperas dessa faixa etária.
“Com esses números alcançados, só temos motivos para comemorar e agradecer a população por ter aderido à imunização” declarou o prefeito.
Segundo a prefeitura, os números colocam a capital à frente de outras cidades do mundo, como Londres (81,2%) e Nova York (62,6%), que deram início à vacinação antiCovid antes. O mesmo acontece com outras capitais do Brasil: Rio de Janeiro (88,2%), Porto Alegre (82,8%), Salvador (96,5%) e Belo Horizonte (70,7%). O percentual para primeira dose também supera o de países como Israel (64,7%), França (68,9%), Alemanha (63,5%) e Japão (50,1%) até semana passada.
Estado de SP
O governo do estado divulgou outro canal para comprovação da vacina. Alguns estabelecimentos e municípios já começam a exigir que seus profissionais, frequentadores e a população comprovem a imunização contra a Covid-19.
Pelo aplicativo Poupatempo Digital, é possível acessar a versão digital da carteira de vacinação, que conta com as mesmas informações do modelo impresso entregue nas unidades de saúde. Além disso, a ferramenta permite realizar o pré-cadastro, direcionado ao site Vacina Já – www.vacinaja.sp.gov.br, o serviço de validação do certificado de vacinação, que é a garantia de um documento oficial, pode ser conferido online.
“Em um mundo cada vez mais digital, não faz sentido exigir que o cidadão ande com a carteirinha de papel em mãos. Por isso, o aplicativo do Poupatempo permite que o usuário não apenas tenha sua carteira digital no celular, como também que ela possa ser validada, através de um QR Code, que emite o certificado de autenticidade desse documento”, afirma Murilo Macedo, diretor da Prodesp – empresa de Tecnologia do Governo de São Paulo, que administra o Poupatempo no Estado.
A checagem da validação da carteira de vacinação contra a Covid-19 é muito simples. Basta que o cidadão que tenha a carteirinha digital no app do Poupatempo apresente o QR Code ou o código do certificado para verificação do órgão ou pessoa interessada. “Isso pode acontecer, por exemplo, com familiares que moram em locais distantes e querem confirmar se seus parentes tomaram as duas doses da vacina”, explica Murilo Macedo.
Passaporte da vacina
Mais da metade dos 1.896 municípios ouvidos pela nova edição da pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) sobre a pandemia manifestou concordância com a exigência de comprovação de vacinação para acesso a espaços públicos e coletivos, como shoppings, supermercados e estádios.
Das prefeituras ouvidas, 1.046 disseram estar de acordo com a medida, o correspondente a 55,2% da amostra. Outras 663 (35%) relataram discordância com esse condicionamento.
Do conjunto de cidades consultadas, 60 (3,2%) estão imunizando pessoas de 35 a 39 anos, 191 (10,1%) estão na faixa etária de 30 a 34 anos, 481 (25,4%) estão na faixa de 25 a 29 anos e 1.089 (57,4%) estão aplicando vacinas em pessoas de 18 a 24 anos.
Do total da amostra, 332 municípios disseram ter ficado sem vacina contra a covid-19, o equivalente a 17,5%. Outros 1.409 (74,3%%) não informaram ter passado pelo desabastecimento de imunizantes, enquanto 155 (8,2%) não responderam à pergunta. Na semana passada, o índice de cidades que relataram o problema era de 18,7%.
Em 108 cidades (5,7%), já foram identificados casos da variante Delta. Em outras 1.608 (84,8%) não foram detectados casos com esse tipo de variação do novo coronavírus. Na semana passada, o índice de municípios com a nova cepa era de 3,7%.
Ainda conforme o levantamento, 1.005 (53%) cidades mantêm alguma forma de medida de distanciamento ou restrição de horário das atividades não essenciais. Na semana anterior o índice era de 59,4%. Outras 748 (39,5%%) responderam não ter lançado mão deste recurso durante a pandemia.
O Brasil tem no acumulado 20,5 milhões de casos confirmados da doença e 574,5 mil mortes registradas. O número de recuperados soma 19,4 milhões. Em 24 horas, o ministério registrou 14,4 mil novos casos e 318 mortes.
São Paulo se mantém como a unidade federativa com maior número tanto de óbitos (e 144,2 mil) quanto de casos (4,2 milhões). Em seguida estão Minas Gerais (2 milhões de casos e 52,4 mil óbitos); Paraná (1,4 milhão casos e 36,9 mil óbitos) e Rio Grande do Sul (1,3 milhão de casos e 33,9 mil óbitos).