Mundo Lusíada
Com Lusa
O PCP vai estar presente em Havana, Cuba, nas cerimônias fúnebres do líder histórico Fidel Castro, que morreu na noite de sexta-feira, fazendo-se representar por Albano Nunes, membro do secretariado do Comité Central.
O histórico líder cubano, Fidel Castro, morreu na noite de 25 de novembro, aos 90 anos, às 22:29 locais (03:29 de sábado em Portugal) e já foram várias as reações e condolências apresentadas por diversos líderes políticos mundiais.
Cuba decretou nove dias de luto nacional. o funeral vai realizar-se a 04 de dezembro. Segundo o Conselho de Estado cubano, “todas as atividades e espetáculos públicos” serão interrompidos.
Durante a semana vão realizar-se diversas homenagens em Cuba e uma procissão com as cinzas do ex-presidente cubano vai atravessar o país ao longo de quatro dias.
Em comunicado, o PCP expressou a sua solidariedade ao Partido Comunista de Cuba e ao povo cubano.
“Neste quadro e associando-se à homenagem do povo cubano ao histórico dirigente da sua revolução e expressando a sua solidariedade ao Partido Comunista de Cuba e ao povo cubano, o PCP terá a oportunidade de participar no ato que será realizado amanhã, dia 29 de novembro, na Praça da Revolução José Martí, em Havana”, é referido.
Também o presidente da República enviou condolências pela morte de Fidel Castro. “No momento em que tomo conhecimento do falecimento do antigo Chefe de Estado Cubano, Comandante Fidel Castro, quero expressar as minhas sinceras condolências ao Presidente Raúl Castro Ruz e ao Povo Cubano” diz a mensagem de Marcelo Rebelo de Sousa.
“Evoco, ainda, o encontro havido há um mês, em que falámos das relações entre Portugal e Cuba, na perspetiva do seu aprofundamento econômico, social e cultural, num mundo em mudança” lembrou o presidente português.
Voos
Os primeiros voos comerciais regulares entre aeroportos norte-americanos e Havana descolam hoje, após mais de 50 anos de interrupção, um momento histórico que terá lugar, por um acaso no calendário, três dias depois da morte de Fidel Castro.
A 31 de agosto, a companhia JetBlue inaugurou o primeiro voo comercial regular desde 1961 entre um aeroporto dos Estados Unidos da América — Fort Lauderdale, na Florida (sudeste) — e uma cidade cubana — Santa Clara, no centro da ilha.
Desde então, várias companhias seguiram o exemplo, com voos regulares entre os EUA e diferentes cidades cubanas, mas Havana ainda não estava contemplada.
O voo da American Airlines deve partir hoje às 07:30 locais (12:30 GMT) de Miami para o aeroporto internacional José Marti de Havana. “Tornamo-nos na primeira companhia aérea americana a propor um serviço regular com a capital cubana desde há mais de 50 anos”, disse à agência AFP Martha Pantin, porta-voz da American Airlines.
A partir de quarta-feira, a American Airlines vai ligar Havana e Miami, a “capital” do exílio cubano nos Estados Unidos, quatro vezes por dia. Outro voo diário parte de Charlotte, na Carolina do Norte, no sudeste dos Estados Unidos.
Até ao fim do ano, 110 voos diários diretos vão ligar Cuba e os Estados Unidos, dos quais 20 aterram em Havana.
Há quase dois anos, Washington e o regime cubano deram início ao degelo das relações bilaterais. Os norte-americanos podem viajar para a ilha apesar do embargo imposto a Cuba pelos Estados Unidos desde 1962.
Por coincidência, estes voos são inaugurados três dias depois da morte, aos 90 anos, do líder histórico Fidel Castro, pai da revolução cubana, que ‘enfrentou’ dez presidentes norte-americanos.