Da Redação
Com Lusa News
O Conselho Deliberativo da Portuguesa se reuniu na noite de 05 de março, no Salão Nobre do estádio do Canindé, e aprovou, por 93 votos a favor, dois contra e uma abstenção, o encaminhamento do pedido feito pelo Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) para o impeachment do presidente Ilídio Lico. O presidente compareceu à reunião, mas deixou o local durante uma confusão entre conselheiros e não acompanhou a votação.
A reunião foi aberta com os esclarecimentos do mandatário, que citou os problemas financeiros do clube como os motivos pela crise que a equipe tem atravessado, como o rebaixamento para a Série C do Brasileirão, e falou da busca por parceiros. O cartola ainda pediu mais 60 dias para colocar a situação do clube em dia e que teria um parceiro disposto a investir R$ 20 milhões no clube.
Durante o andamento da reunião, uma confusão ocorreu entre alguns membros do Conselho e, neste momento, Ilídio Lico e o presidente do Conselho, Marco Antônio Teixeira Duarte, abandonaram a reunião, assim como alguns conselheiros, que ficaram no estacionamento do Canindé até o final do encontro.
No entanto, a reunião foi legitimada por contar com o quórum necessário e o vice assumiu a mesa para que os trabalhos continuassem. Após a explanação de alguns conselheiros, foi realizada a votação que definiu o segundo passo para que o impeachment seja concluído. Agora o pedido segue para o presidente da Assembleia, que marcará uma reunião com os sócios e estes definirão se aceitam ou recusam o impeachment de Ilídio Lico.
Segundo contou o colunista do Mundo Lusíada, Emídio Tavares, o ex-presidente do conselho Ernesto Lico e o atual presidente Ilidio Lico agrediram “com chutes e pontapés” o presidente do COF Manuel Gonçalves Ribeiro. “Vários conselheiros se prontificaram a testemunhar no Boletim de Ocorrência contra Ilídio e Ernesto” declarou.
Projeto para o Canindé
O projeto de reformulação do Canindé apresentado pela diretoria, juntamente com o vereador Marco Aurélio Cunha, inclui a demolição do estádio para a construção de uma arena com capacidade para 20 a 25 mil torcedores, além de um centro comercial com hotel e um centro de convenções.
O prefeito Fernando Haddad comentou em 27 de fevereiro sobre o projeto que, além de chamar de “interessante”, admitiu que foi procurado pelo clube para falar a cerca do projeto. A prefeitura conta que cedeu em comodato parte do terreno onde está localizado a casa lusitana.
“A Portuguesa nos procurou, pois está pensando em um projeto para o Canindé, que está localizado em um lugar nobre, às margens do Tietê, que está sendo revitalizada e pode sair algo interessante lá”, afirmou, em entrevista à Rádio Bandeirantes.