Mundo Lusíada
Com Lusa
O então secretário de Estado-adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas, será responsável pela pasta da Investigação, Ciência e Inovação na Comissão Europeia, tendo como próximo presidente o luxemburguês Jean-Claude Junker.
Junker já apresentou os nomes que vão integrar o novo executivo comunitário. Ocupado está já o cargo de Alta Representante para a Política Externa e de Defesa, para o qual foi nomeada pelos líderes dos 28, a chefe da diplomacia italiana, Federica Mogherini, que será ainda vice-presidente da “Comissão Juncker”.
O português Durão Barroso termina o seu mandato a 31 de outubro e o novo colégio deverá entrar em funções no dia 01 de novembro.
Jean-Claude Juncker decidiu atribuir ao comissário português uma pasta diretamente relacionada com aquele que é o maior programa orçamental gerido pela Comissão, o “Horizonte 2020”.
Concebido para os próximos sete anos (2014-2020), o “Horizonte 2020” é o maior programa público de apoio à investigação e à inovação do mundo e está dotado com um orçamento de praticamente 80 bilhões de euros, o equivalente a 8% do orçamento comunitário.
O programa é considerado um instrumento fundamental para um novo ciclo de recuperação econômica e para a criação de emprego na Europa.
Inovação e Investigação
O comissário designado por Portugal Carlos Moedas comentou que este domínio é “a chave para o crescimento” na Europa.
“A Inovação e a Investigação são a chave para o crescimento que queremos na Europa: um crescimento sustentável que promova a qualidade de vida dos Europeus”, afirmou Carlos Moedas, num comunicado divulgado em Bruxelas, após o anúncio da pasta que lhe foi atribuída na nova Comissão Europeia.
Estas áreas “são a chave para aumentarmos a produtividade e dinamismo das nossas empresas, para competirmos pela excelência e não pelos baixos custos”, acrescentou.
Carlos Moedas vai gerir duas das maiores direções-gerais da Comissão Europeia, a Direção-geral da Investigação e Inovação e o “Joint Research Centre”, com cerca de 3.000 funcionários.
Para a escolha de Carlos Moedas para esta pasta contribuiu a experiência do até agora secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro no mundo empresarial e na gestão financeira.
Carlos Moedas teve também responsabilidades recentes em complexos ‘dossiers’ de coordenação política, tendo sido um dos principais representantes do Governo nas negociações com os representantes da ‘troika’ – Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia -, no quadro do programa de assistência financeira a Portugal, concluído em maio passado.