Da Redação
Com Lusa
Portugal vai alocar 1,5 milhões de euros a São Tomé e Príncipe para a execução de projetos sobre alterações climáticas durante os próximos quatro anos, anunciou o ministro do Ambiente português, João Pedro Fernandes.
“Portugal tem a consciência que se há combate que nenhum país ganha sozinho é [o das] alterações climáticas, estamos todos dependentes de todos”, explicou o ministro.
João Pedro Fernandes, que fez este anúncio durante a apresentação do projeto Bio & Energy, no auditório do Centro Cultural Português – Instituto Camões, sublinhou que as discussões sobre os projetos a serem financiados com este valor constituirão “as razões materiais” das conversações entre as delegações dos dois países.
“Vamos discutir quais são os projetos que São Tomé quer ver desenvolvidos, tendo nós um orçamento indicativo para São Tomé e Príncipe de um milhão e meio de euros”, disse o ministro.
Segundo João Pedro Fernandes, esse valor será retirado de um montante de 10 milhões de euros do antigo ex-Fundo Português de Carbono, atualmente Fundo Ambiental, destinado a apoiar os países da CPLP que combatem as alterações climáticas.
“Portugal resolveu alocar 10 milhões de euros deste fundo para ajuda a outros países da CPLP que queiram combater as alterações climáticas. Ou seja, nos próximos quatro anos Portugal irá alocar 10 milhões de euros deste fundo ao apoio e à cooperação e partilha de experiência a outros países da CPLP que combatem as alterações climáticas”, explicou.
O governante português falou da importância e o compromisso do seu país com as alterações climáticas.
“Portugal orgulha-se de ter sido o quinto país da Europa que ratificou o acordo de Paris, acordo esse que tem o objetivo de reduzir de forma muito expressiva aquelas que são as emissões atmosféricas” e que pretende que o aumento médio da temperatura não seja superior a dois graus no conjunto do planeta, sublinhou.
“Quando se fala das questões ambientais fala-se das gerações futuras, mas quando falamos das alterações climáticas estamos a falar da nossa geração”, disse.
A decisão visa também honrar “uma tradição de cooperação” e reconhece que, “no contexto da CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa] se desenvolve um conjunto de relações privilegiadas e [que] São Tomé e Príncipe é indiscutivelmente um desses países que nos é mais querido”, acrescentou o ministro.