Portugal terá 45% da energia consumida com origem em renováveis até 2030

Da redação
Com Lusa

Portugal quer chegar a 2030 com 45% da energia consumida com origem em fontes renováveis, duplicando a capacidade instalada e superando a meta definida pelo Parlamento Europeu para o setor, reafirmou o secretário de Estado da Energia.

“A meta para 2020, já para daqui a dois anos, é que da energia consumida, 31% ser renovável, o objetivo do PNEC para 2030 é que este valor esteja acima dos 45%. Isto vai implicar, entre muitas outras coisas, uma duplicação da capacidade instalada de renováveis no nosso país”, disse João Galamba em declarações aos jornalistas.

Bruxelas fixou que até 2030 pelo menos 32% do total da energia produzida pelos Estados-membros tivesse origem em fontes verdes, estabelecendo que cada país da União Europeia (UE) tem que elaborar um Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC), com a definição de metas e políticas nacionais no que respeita à descarbonização, à eficiência e à segurança do abastecimento, bem como o novo desenho do mercado interno de energia, até ao final de dezembro.

Em Portugal, de acordo com João Galamba, a primeira versão do PNEC 2030 será finalizado até ao final do mês, para a partir de janeiro, durante seis meses, ser discutido publicamente com associações do setor, universidades e população.

O documento, segundo o governante, será “a base da estratégia das políticas da energia até 2030”, depois de o Governo ter apresentado o Roteiro para a Neutralidade Carbônica 2050 no início do mês.

https://www.mundolusiada.com.br/box4/portugal-confirma-compromisso-de-atingir-neutralidade-carbonica/

“É preciso um enorme esforço coletivo para estruturar uma transição energética que potencie e otimize o tecido industrial, tecnológico e científico nacional para aproveitar as oportunidades existentes”, disse o secretário de Estado.

“Precisamos de uma estratégia clara e precisamos de políticas públicas de qualidade, precisamos de universidades, de centros de investigação e empresas empenhadas na transição energética e de um sistema financeiro que efetivamente financie o que deve ser financiado”, acrescentou.

João Galamba insistiu, a propósito, na necessidade de aumentar a literacia financeira, destacando o lançamento na conferência do Centro de Informação para a Energia (CINERGIA) que irá promover junto dos cidadãos consumidores de energia “uma visão integrada, didática e interativa do setor energético”.

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