Da Redação com Lusa
Mais de metade da população (52%) residente em Portugal tem a vacinação completa contra a covid-19, revela o relatório semanal de vacinação divulgado hoje pela Direção-Geral da Saúde (DGS).
Segundo o relatório, publicado por norma todas as terças-feiras, 5.389.935 pessoas (52%) concluíram o esquema vacinal e 6.865.047 (67%) tomaram pelo menos uma dose.
Em Portugal, a campanha de vacinação contra a covid-19 iniciou-se em 27 de dezembro de 2020, sendo atualmente administradas vacinas de dose única (Janssen) e de dose dupla (Pfizer/BioNTech, Moderna e AstraZeneca).
Os dados mais recentes recuam até domingo e abrangem a vacinação de pessoas a partir dos 16 anos. Os jovens dos 16 aos 17 anos, nomeadamente com Trissomia 21, têm indicação para vacinação (com a vacina da Pfizer/BioNTech) ao abrigo de uma norma da DGS sobre grupos prioritários que foi atualizada em março de 2021.
De acordo com o relatório, as regiões do Alentejo e do Centro continuam a ser as que estão mais avançadas no processo de vacinação, tendo respetivamente 58% e 56% da população com o ciclo vacinal completo.
Todas as restantes regiões apresentam entre 50% e 53% da população com a vacinação concluída.
Na semana em análise, entre 19 e 25 de julho, as regiões de Lisboa e Vale do Tejo e do Norte foram as que mais vacinaram, respetivamente mais 242.414 e mais 238.345 pessoas.
Portugal recebeu a 12.886.770 doses e distribuiu 12.043.017.
As pessoas mais velhas, que começaram a ser vacinadas mais cedo, são as que percentualmente têm a vacinação mais completa, entre 94% (65-79 anos) e 96% (a partir dos 80 anos).
Na faixa etária dos 50-64 anos, 82% das pessoas concluíram a vacinação.
No grupo dos 25-49 anos, 72% tomaram pelo menos uma dose e 40% estão totalmente imunizados. Nos jovens de 18-24 anos, 15% receberam pelo menos uma dose e 9% têm o esquema vacinal completo.
O relatório contabiliza ainda, entre os jovens dos 16 aos 17 anos abrangidos pela excepcionalidade prevista na norma de março da DGS, 3.872 que tomaram uma dose da vacina Pfizer/BioNTech e 2.647 as duas doses exigidas.
Já a União Europeia (UE) atingiu a meta dos 70% de adultos vacinados contra a covid-19, ainda com a primeira dose, em linha com o ambicionado pela Comissão Europeia, que fala num “marco importante” para a luta contra a pandemia.
“Hoje, atingimos um marco importante, tendo 70% da população adulta da UE recebido uma primeira dose de uma vacina anticovid-19. É um momento de que a UE se pode orgulhar coletivamente”, declara a comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides, numa reação enviada à agência Lusa.
A responsável pela tutela sanitária diz também estar “satisfeita por 57% dos adultos da UE estarem agora totalmente vacinados, com mais cidadãos a serem vacinados todos os dias”.
“As projeções mostram que vamos atingir o nosso objetivo de assegurar uma vacinação completa de pelo menos 70% até ao final do verão”, sendo essa a grande meta estipulada por Bruxelas, acrescenta.
Ainda assim, Stella Kyriakides vinca nesta posição enviada à Lusa que “agora não é o momento de ser complacente e baixar a guarda”.
“A ameaça de variantes mais transmissíveis está presente e é real, com o número de casos a aumentar novamente em todos os Estados-membros e alguns a ficarem preocupantemente para trás na vacinação”, assinala a responsável, pedindo aos “cidadãos para que confiem na ciência e se vacinem, para se protegerem a si próprios e aos outros à sua volta”.
“Precisamos de fechar a lacuna da imunidade e a porta para novas variantes e as vacinas devem ganhar a corrida sobre as variantes”, insiste Stella Kyriakides, numa alusão nomeadamente à estirpe Delta, detetada na Índia e mais transmissível do que qualquer outra.
Atualmente, estão aprovadas quatro vacinas anticovid-19 pelo regulador da UE: a Comirnaty (nome comercial da vacina Pfizer/BioNTech), Spikevax (nome comercial da vacina da Moderna), Vaxzevria (novo nome do fármaco da AstraZeneca) e Janssen (grupo Johnson & Johnson).
Além dos atrasos na entrega das vacinas e em quantidades aquém das contratualizadas por parte da farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca, a campanha de vacinação da UE tem sido marcada por casos raros de efeitos secundários como coágulos sanguíneos após toma deste fármaco, relação confirmada pelo regulador europeu, como também aconteceu com a vacina da norte-americana Johnson & Johnson.
No caso da AstraZeneca, a farmacêutica foi obrigada judicialmente (por um tribunal belga) a cumprir os prazos de entrega de vacinas à UE.
Também numa declaração hoje à imprensa, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, salienta que “a UE cumpriu a sua palavra e cumpriu”.
“O nosso objetivo era proteger 70% dos adultos na União Europeia com pelo menos uma vacinação em julho e hoje atingimos este objetivo, [além de que] 57% dos adultos já têm a proteção total da dupla vacinação”, vinca a líder do executivo comunitário.
Salientando que “estes números colocam a Europa entre os líderes mundiais”, Ursula von der Leyen lembra que “a variante Delta é muito perigosa” e, por isso, exorta “todos os que têm oportunidade a serem vacinados”.
1 comentário em “Portugal tem 52% com vacinação completa, Europa tem 70% de adultos com primeira dose”
Titulo enganador. Europa tem 70% da população ADULTA vacinada com 1ª dose, Portugal tem 52% da população total (jovens + adultos) vacinada.
É diferente. Por favor retifiquem,