Da redação com Lusa
Neste dia 11, Portugal tem 22 concelhos com incidência do coronavírus SARS-CoV-2 superior a 120 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias, mais dois do que na última sexta-feira.
Segundo os dados do boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde, tal como no boletim anterior não existem concelhos em risco muito elevado, ou seja, com incidência a 14 dias superior a 960 casos por 100 mil habitantes.
Em risco elevado de contágio mantém-se o município da Ribeira Grande (524) que registra incidência acumulada superior a 480 casos por 100 mil habitantes e o único neste grupo.
Dos 22 concelhos, quatro registam um acumulado, nos últimos 14 dias, de mais de 240 casos por cada 100 mil habitantes, mantendo-se com esta incidência Odemira (477) e entram para este patamar Paredes de Coura (316), Sertã (384) e Sesimbra (260).
Em relação ao boletim anterior, os concelhos da Golegã, Nordeste e Vila Franca do Campo deixaram de ter uma incidência de mais de 240 casos por cada 100 mil habitantes.
Os restantes 17 concelhos têm valores entre os 120 e os 239,9 casos por 100 mil habitantes.
Albufeira, Alcanena, Aljezur, Arruda dos Vinhos, Braga, Cascais, Fronteira, Lisboa, Loulé, Monforte, Ponta Delgada, Santarém, Vale de Cambra, Vila Franca do Campo, Vila Verde, Vimioso e Sintra são os concelhos que estão nesta incidência.
Com zero casos nos últimos 14 dias são referidos 69 concelhos, mais dois em relação ao boletim anterior.
A incidência cumulativa a 14 dias do boletim de hoje refere-se aos dias entre 26 de maio e 08 de junho.
Na nota explicativa dos dados por concelhos é referido que a incidência cumulativa “corresponde ao quociente entre o número de novos casos confirmados nos 14 dias anteriores ao momento de análise e a população residente estimada”.
Desde quinta-feira que em todos os concelhos de Portugal continental, exceto nos de Braga, Lisboa, Odemira e Vale de Cambra, que não avançaram para a nova fase, estão em vigor as novas medidas do plano de desconfinamento.
Nos concelhos de baixa densidade populacional, que representam mais de metade do território de Portugal continental, a linha vermelha que obriga os municípios a recuar no plano de desconfinamento da pandemia de covid-19 é fixada pelos 480 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias e estes territórios ficam sob alerta quando ultrapassarem os 240 casos por 100 mil habitantes no mesmo período.
Entre os 22 concelhos com incidência do novo coronavírus superior a 120 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias, apenas, metade são de baixa densidade populacional e, por isso, só serão alvo de restrições se em duas semanas consecutivas registarem uma incidência superior a 240 casos por 100 mil habitantes.
Em Portugal, morreram 17.044 pessoas dos 855.951 casos de infecção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
Lisboa e Vale do Tejo
Lisboa e Vale do Tejo continua a ser a região do país que apresenta um índice de transmissibilidade (Rt) do vírus SARS-CoV-2 mais elevada, mas este indicador desceu de 1,16 para 1,12 numa semana.
Segundo o relatório semanal do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) sobre a evolução da curva pandêmica hoje divulgado, o valor médio do Rt – que estima o número de casos secundários de covid-19 resultantes de uma pessoa infectada – é de 1,07 a nível nacional.
O Norte (0,99), os Açores (0,97) e a Madeira (0,76) são as três regiões que apresentam este indicador abaixo do patamar definido de 1, indicam os dados do INSA.
Acima de 1 encontram-se as regiões de Lisboa e Vale do Tejo (1,12), do Algarve (1,09), do Centro (1,05) e do Alentejo (1,05).
No que se refere à incidência acumulada de novos casos de covid-19 a 14 dias, todas as regiões do continente apresentam uma taxa inferior a 120 casos por cem mil habitantes, mas Lisboa e Vale do Tejo está agora nos 118,8, depois de apresentar um valor de 92,7 na semana anterior.
Já o Norte (59,0), o Centro (39,2), o Alentejo (49,7) e a Madeira (47,2) registam mesmo uma taxa de incidência acumulada a 14 dias abaixo dos 60 casos por cem mil habitantes, refere o relatório, que atribuiu aos Açores um valor de 141,3 neste indicador, o mais elevado de todas as regiões.
O país apresenta uma “taxa de notificação acumulada de 14 dias entre 60 e 119,9 por cem mil habitantes e um Rt superior 1, ou seja, uma taxa de notificação moderada e com tendência crescente”, refere o instituto que acompanha a evolução da pandemia, ao indicar que, a nível europeu, na “mesma situação que Portugal está o Reino Unido”.
Estes indicadores – o índice de transmissibilidade do vírus e a taxa de incidência de novos casos de covid-19 – são os dois critérios definidos pelo Governo para a avaliação continua que do processo de desconfinamento que se iniciou a 15 de março e que está na quarta fase de alívio das restrições.