Portugal segue estável com casos de Covid-19 mesmo com desconfinamento

Uma vendedora desinfeta as mãos de uma cliente durante a reabertura da Feira de Carcavelos, Cascais, 21 de maio de 2020. MÁRIO CRUZ/LUSA
Uma vendedora desinfecta as mãos de uma cliente durante a reabertura da Feira de Carcavelos, Cascais, 21 de maio de 2020. Devido à pandemia da covid-19 o acesso à feira é condicionado segundo regras de saúde pública. MÁRIO CRUZ/LUSA

Mundo Lusíada
Com Lusa

Nesta quinta-feira, Portugal registra 1.277 mortes relacionadas com a covid-19, mais 14 do que na quarta-feira, e 29.912 infectados, mais 252, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde.

Em comparação com os dados de quarta-feira, em que se registravam 1.263 mortos, teve um aumento de óbitos de 1,1%.

Nos últimos dias, o número de casos diários se manteve estável entre os 200 e os 250 novos casos. De acordo com o portal Observador, 12 de maio é o dia em que se estima que se tenha começado a refletir a primeira fase do desconfinamento, proposta pelo governo, e o número de novos casos se tem mantido sem subidas nem descidas íngremes.

A primeira fase do desconfinamento não levou a um descontrole da epidemia em Portugal. Mas o impacto da segunda fase só deverá se refletir nos boletins diários a partir da próxima semana. Segundo Observador, especialistas concordam que a segunda fase será o maior teste ao país no controle da disseminação do vírus, diante da abertura de um maior número de estabelecimentos.

Para esta fase atual, o Governo aprovou no dia 15, novas medidas que entraram em vigor nesta semana, como a retoma das visitas aos utentes dos lares de idosos, a reabertura das creches, aulas presenciais para os 11.º e 12.º anos e a reabertura de algumas lojas de rua, cafés, restaurantes, museus, monumentos e palácios.

Relativamente ao número de casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus (29.912), os dados da Direção-Geral da Saúde (DGS) revelam que há mais 252 casos do que na quarta-feira (29.660), uma subida de 0,8%.

A região Norte é a que registra o maior número de mortos (717), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (297), do Centro (232), do Algarve (15), dos Açores (15) e do Alentejo, que regista um óbito, adianta o relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24:00 de quarta-feira, mantendo-se a Região Autônoma da Madeira sem registo de óbitos.

Também o indicador que define o grau de transmissibilidade de infecção do novo coronavírus está estável, com cada doente a originar, em média, menos de um caso secundário, segundo o secretário de Estado da saúde.

Entre 13 e 17 de maio, a média do RT foi de 0,95, o que significa que “a nível nacional um caso infetado originou, em média, menos de um caso secundário”, explicou António Lacerda Sales.

“Estamos perante uma estabilidade deste indicador de transmissibilidade de infecção (RT)”, anunciou o governante na conferência de imprensa na quarta-feira, referindo números que considerou darem algum “alento e um sinal de confiança no futuro coletivo”.

Na segunda-feira, Portugal deu mais um passo no processo de abertura gradual da economia e da vida social, com reabertura, não só de museus, como também de equipamentos culturais, como monumentos, galerias de arte, centros interpretativos, palácios e igrejas.

Também abrem os restaurantes, cafés, pastelarias, esplanadas e estabelecimentos comerciais até 400 metros quadrados, de acordo com o plano do governo.

Este será assim o segundo momento de abertura faseada e controlada, depois de no passado dia 4 de maio, terem já aberto portas os comércios locais, as livrarias, os cabeleireiros, os institutos de beleza, as bibliotecas, as atividades náuticas, os campos de golfe, os táxis, e alguns serviços públicos e transportes.

A curva dos efeitos da pandemia em Portugal manteve a sua trajetória descendente, o que veio reforçar a confiança e segurança nas medidas implementadas neste 18 maio, bem como nas previstas para as fases seguintes.

Portugal entrou no dia 03 de maio em situação de calamidade devido à pandemia, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.

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