Da Redação
A Secretária de Estado Adjunta e da Defesa Nacional, Jamila Madeira, afirmou que vai ser antecipado o «fornecimento das primeiras mais de cem mil doses da vacina» contra a gripe sazonal, às unidades do Serviço Nacional de Saúde.
A medida, segundo a Secretária de Estado, «vai permitir à Direção-Geral de Saúde uma melhor distribuição» da mesma aos grupos considerados prioritários e mais vulneráveis.
Na conferência de imprensa sobre a situação epidemiológica em Portugal, em Lisboa, Jamila Madeira referiu que, «neste ano particularmente atípico», o País registra «a maior compra de sempre de vacinas contra a gripe sazonal, num total de dois milhões», fazendo com que «haja mais vacinas e que as mesmas sejam garantidas mais cedo».
País bem preparado
A propósito do número de novos casos de infecção, pela Covid-19, a Secretária de Estado relembrou que o Governo sempre disse que «a batalha contra esta pandemia seria longa e passaria por várias fases», acrescentando que «hoje todo o País está mais bem preparado e mais focado no que é preciso fazer».
«O SNS está a fazer a sua parte na preparação de um período muito desafiante e complexo que temos pela frente, com a retoma de muitas atividades e o contexto exigente do outono/inverno para a saúde, muito em particular para os mais vulneráveis», acrescentou.
Sobre o novo aplicativo Stayaway Covid, Jamila Madeira avançou que meio milhão de pessoas já abaixaram e destacou «a necessidade e utilidade da adesão dos portugueses» à mesma.
E adiantou ainda que estão atualmente ativos 23 surtos em lares, seis dos quais na região Norte e 17 na região de Lisboa e Vale do Tejo.
Já o surto na Maternidade Alfredo da Costa mantém-se estável, com os mesmos cinco casos confirmados na quarta-feira.
Portugal registra nesta sexta-feira mais quatro mortes e 406 novos casos de infecção por covid-19, em relação a quinta-feira, segundo o boletim epidemiológico diário da Direção-Geral da Saúde (DGS).
De acordo com o boletim, desde o início da pandemia até hoje registam-se 59.457 casos de infeção confirmados e 1.833 mortes.
Testes
“Aquilo que nós fazemos é uma verificação, por parte das entidades de saúde nacionais, se cumprem os critérios de segurança para o resultado, para um número muito marginal de falsos negativos, e, naturalmente, se estão validados no quadro da comunidade cientifica”, disse Jamila Madeira durante a conferência.
Questionada se Portugal iria implementar a utilização de eventuais testes rápidos à covid-19, como aquele desenvolvido num hospital em Israel e anunciado na semana passada, a secretária de Estado disse que isso apenas aconteceria depois de avaliados.
“Se nos for sinalizado como tendo a qualidade, o grau de segurança, e os níveis de risco que nós adotamos para o combate a esta pandemia em Portugal, naturalmente será uma das opções”, explicou.
No mesmo sentido, a diretora-geral da Saúde disse também que as autoridades portuguesas têm acompanhando de forma próxima os desenvolvimentos, mas não podem descurar na avaliação da qualidade.
“Portugal tem estado sempre na vanguarda do que tem sido a testagem. Com isso, não quero dizer que nós não tenhamos que ter a certeza da qualidade desses testes”, sublinhou Graça Freitas.