Da Redação
O Ministro português da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), Manuel Heitor, sublinhou a importância de atrair estudantes estrangeiros às universidades, durante o seminário “Ensino Superior em Portugal, uma estratégia para o futuro”, em Lisboa.
“As instituições têm de se responsabilizar por esses processos e fazê-lo de uma forma sistemática”, afirmou o Ministro, lembrando que existem novos diplomas, que estão em discussão pública, que incluem um conjunto de medidas ao nível da internacionalização.
Segundo Manuel Heitor, “acolher estudantes estrangeiros é importante para o desenvolvimento científico e acadêmico português”, referindo ainda que o número total de vagas no ensino superior vai aumentar.
Desconcentrar o ensino superior
Nas medidas legislativas em discussão pública inclui-se a reorganização da rede de ensino superior, que prevê a redução de vagas do 1.º ciclo nas instituições sitas em Lisboa e Porto, com o seu aumento no resto do País. Com instituições de ensino superior em 54 municípios, Portugal concentra mais de metade em Lisboa ou Porto.
“Não há nenhum país com tanta concentração de estudantes como Portugal”, disse o Ministro. A título exemplificativo, em Espanha, Madrid e a região da Catalunha absorvem 27% dos alunos; na Áustria, o segundo país com maior concentração de estudantes em duas cidades, Viena e Innsbruck acolhem 31% por estudantes.
Manuel Heitor acrescentou: “Lisboa recebe estudantes de todo o País. Obviamente, hoje temos um esforço de ação social para trazer estudantes para Lisboa e para o Porto, e queremos redistribuir esse esforço por todo o território”.
Promoção do emprego científico
O emprego científico, do ponto de vista financeiro, está resolvido, afirmou o Ministro, acrescentando que, “pela primeira vez, abrimos concursos institucionais para planos de emprego científico pela Fundação para a Ciência e Tecnologia”.
“Foi aberto um processo de estímulo ao emprego científico pelas Unidades de Investigação e Desenvolvimento e foi aberto um processo de regulamentação das carreiras científicas. Os processos e as candidaturas estão em curso, não há qualquer limitação financeira”, reafirmou.
E concluiu: “Temos de apelar à responsabilidade institucional para garantir o reforço do emprego científico e a dignificação das carreiras científicas na academia e nas instituições científicas, no setor privado e nas empresas” defendeu.