Mundo Lusíada
Com agencias
“Com o patrimônio religioso e cultural que Portugal tem, há um enorme potencial de continuar a cativar turistas que visitem locais por motivos religiosos e históricos”, afirmou o Secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, à saída das Jornadas Nacionais da Pastoral do Turismo, em Fátima.
Lembrando que o País já tem esta tradição, o Secretário de Estado referiu o caso de Fátima como um grande destino turístico, mas sublinhou “a necessidade de intensificar o trabalho de promoção, não só de Fátima, mas também de outros locais em Portugal que têm esta capacidade, quer no turismo católico, quer no turismo judaico”.
“No mundo, são cerca de 300 milhões de turistas religiosos por ano donde a função de um membro do Governo não é sequer questionar por que motivo é que as pessoas viajam, isto é uma decisão pessoal. Viajando tantos com estes motivos, era o que mais faltava que não nos preparássemos para os receber e potenciar a experiência desta vivência”, afirmou Adolfo Mesquita Nunes.
Acrescentando que o Governo está empenhado em tornar o turismo religioso como prioritário, o Secretário de Estado referiu que “ainda há um caminho a ser feito entre os agentes do turismo e as entidades que colocam o patrimônio religioso à disposição”. “É preciso encontrar uma linguagem comum que permita ao turismo desenvolver-se sem colocar a causa a espiritualidade de cada um destes locais”.
Fruto da colaboração do Turismo de Portugal com a Conferência Episcopal Portuguesa, vai ser publicado, também, um guia de boas práticas de interpretação do turismo religioso, anunciou o responsável, destacando, além de outras atividades, um plano de promoção e comercialização dirigido a vários mercados estrangeiros que incluem iniciativas de temática católica e judaica.
O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, Jorge Ortiga, afirmou que a preocupação da Igreja Católica é a de que o turismo religioso não perca a sua “identidade”, como meio privilegiado de “evangelização”. “A Igreja deve empenhar-se naquilo que é, nas suas próprias comunidades, para educar para o turismo religioso e proporcionar todas as condições para que a palavra religioso não seja um simples e mero adjetivo”, declarou.