Da Redação
Com Lusa
O ministro da Defesa de Portugal, José Pedro Aguiar-Branco defendeu a criação de uma força de manutenção da paz da Comunidades dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), no quadro das Nações Unidas.
A proposta foi lançada durante a XVI reunião dos ministros da defesa nacional da comunidade lusófona que decorreu em 26 de maio na capital são-tomense.
“Nas operações de manutenção da paz a CPLP tem meios, condições e capacidade para um contributo coletivo e efetivo. A nossa experiencia individual em várias missões das Nações Unidas deveria ser aproveitada para enviar um contingente de CPLP numa operação de manutenção de paz das Nações Unidas”, disse José Aguiar-Branco
O ministro português sugeriu ainda a formação e a saúde como outras duas áreas potenciais para sustentar a cooperação.
“Na formação, podemos avançar para a criação de um colégio de defesa da CPLP a funcionar alternadamente nos nossos superiores militares, com cursos pensados para a especialização dos militares e abertos a outros países amigos”, defendeu.
“Na saúde militar temos que apostar mais no desenvolvimento de projetos de investigação conjuntos e no intercâmbio entre hospitais militares”, acrescentou.
Antes de passar testemunho da presidência rotativa da organização para seu homólogo de São Tomé e Príncipe, Aguiar Branco saudou o regresso da Guiné-Bissau ao convívio da comunidade e destacou a língua e valores comuns em que se apoia a identidade da CPLP em matéria de defesa.
Para o secretário executivo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa as organizações internacionais como a CPLP desempenham um papel fundamental entre os seus membros, constituindo-se como espaço de segurança coletiva, estabilidade e paz e assumindo-se como baluarte da defesa e da democracia, do estado de direito e dos direitos humanos.
“Estou certo que a XVI reunião dos ministros da defesa da CPLP constituirá mais um passo em frente no aprofundamento da cooperação entre os estados membros em matéria da defesa a qual tem implicações diretas no sucesso das políticas de desenvolvimento em curso nos nossos estados membros”, disse Murade Murargy.
Os conflitos que abalam o mundo, particularmente a África, orientam a CPLP para o reforço da cooperação internacional, destacou o ministro são-tomense da Defesa Nacional e do Mar.
“Temos uma agenda muito recheada de assuntos importantes para o reforço dos laços que nos unem e consequentemente criarmos uma plataforma de segurança e defesa ao serviço dos nossos povos, países regiões e do mundo global de que fazemos partes”, disse Carlos Stock.
O ministro são-tomense dos negócios estrangeiros que presidiu o ato justificou a ausência do primeiro-ministro Patrice Trovoada, falou da ameaça que o grupo terrorista Boko Aran representa para o Golfo da Guiné e da pirataria marítima.
“O estado são-tomense reconhece os esforços desenvolvidos pelos seus parceiros de desenvolvimento de são Tomé e Príncipe e de outros estados da região no combate a esta organização”, sublinhou Salvador Ramos.