Portugal prolonga interdição aos cruzeiros até 30 de setembro

Da Redação
Com Lusa

O Governou prolongou, até 30 de setembro, a interdição do desembarque e licenças para terra de passageiros e tripulações dos navios de cruzeiro nos portos portugueses devido à pandemia de covid-19.

Segundo o despacho, publicado neste dia 14 em Diário da República, a interdição terminava nesta segunda, tendo o Governo decidido prolongar esta interdição até às 23:59 de 30 de setembro, podendo ser novamente alargada em função da situação epidemiológica em Portugal.

O Governo justifica esta interdição “como medidas de contenção das possíveis linhas de contágio, de modo a controlar a disseminação do vírus SARS-CoV-2 e da doença covid-19, sendo que a situação epidemiológica, quer em Portugal quer noutros países, continua a não se mostrar plenamente controlada”.

“A experiência internacional demonstra “o elevado risco decorrente do desembarque de passageiros e tripulações dos navios de cruzeiro”, sublinha.

O despacho, que é assinado pelos ministros da Defesa Nacional, Administração Interna e Saúde e o secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, indica ainda que “os navios de cruzeiro estão autorizados a atracar nos portos nacionais para abastecimento, manutenção e espera desde que sem passageiros e apenas com a tripulação mínima para a operação”.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 924.968 mortos e mais de 29 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.867 pessoas dos 63.983 casos de infecção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

Cruzeiro no Douro

Neste dia 14, a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N) informou um sexto tripulante infectado com covid-19 no navio cruzeiro da empresa CroisiEurope que opera no rio Douro, além de dois passageiros.

“Foram identificados, até ao momento, oito casos confirmados, dos quais dois passageiros e seis tripulantes”, lê-se num esclarecimento enviado à agência Lusa.

Segundo a ARS-N, estão a ser desenvolvidas “todas as medidas, de acordo com as orientações da Direção-Geral da Saúde e continuará a acompanhar esta situação”.

A embarcação encontra-se atracada em Castelo de Paiva, no distrito de Aveiro, desde o dia 07 de setembro, quando foi conhecido haver casos de covid-19 a bordo.

Na quarta-feira, quando eram conhecidos cinco casos entre a tripulação, o presidente da Câmara da Castelo de Paiva disse que os 20 tripulantes permaneciam a bordo, encontrando-se “os infectados em isolamento, enquanto os demais cumpriam o plano de contingência definido pelas autoridades de saúde”.

“Todos os passageiros abandonaram a embarcação de acordo com as indicações das autoridades de saúde”, disse ainda o autarca.

Fonte da Administração Regional de Saúde do Norte confirmou, naquele dia, que todos os passageiros e tripulantes da embarcação estavam a ser testados.

No total, de acordo com a mesma fonte, são 67 passageiros e 20 tripulantes.

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