Da Redação com Lusa
Portugal participou com 1314 militares em missões internacionais no primeiro semestre do ano, verificando-se uma presença mais significativa nas regiões do Mediterrâneo, República Centro-Africana, Afeganistão e Atlântico, indica um relatório.
Os números constam de um relatório sobre o envolvimento dos contingentes militares portugueses no estrangeiro relativo ao primeiro semestre de 2021, elaborado pela Direção-Geral de Política de Defesa Nacional discutido esta tarde na comissão de Defesa, divulgado pela Lusa.
O documento em causa “apresenta um ponto de situação sobre o envolvimento de militares portugueses no exterior, incluindo Forças e Elementos Nacionais Destacados, Autoridade Marítima Nacional (Polícia Marítima) e Cooperação no Domínio da Defesa” no primeiro semestre de 2021.
Neste período, “Portugal participou com 1314 elementos em missões internacionais, incluindo os elementos da Polícia Marítima no quadro da FRONTEX”, lê-se.
De acordo com o relatório, “verifica-se um equilíbrio relativo em termos de presença em organizações internacionais, nomeadamente no quadro da ONU, da NATO, da União Europeia e no quadro bilateral e/ou multilateral”.
Verificam-se também “quatro áreas geográficas onde a incidência da participação nacional foi significativa: Mediterrâneo, República Centro-Africana, Afeganistão e Atlântico”.
Este relatório aponta ainda que as participações nacionais mais significativas do ponto de vista dos efetivos ocorreram na ‘Standing Naval Maritime Group 1’, no quadro da NATO, “cujo comando cessou a 18 de janeiro de 2021”, na missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas na República Centro-Africana (MINUSCA) e na ‘Resolute Support Mission’ no Afeganistão, no quadro da NATO.
No quadro da cooperação no domínio da Defesa, o empenhamento nacional “foi de 136 elementos e a formação disponibilizada em Portugal envolveu 104 estudantes”.
“Os números apresentados representam as opções políticas definidas, com uma expressão significativa do contributo das Forças Armadas para missões de paz e segurança internacionais com impactos geopolíticos em quatro continentes. Constata-se que o emprego no Atlântico, no Mediterrâneo, na Costa Ocidental Africana e no Continente Africano corresponde a cerca de 75% dos recursos humanos”, indica este relatório.
No âmbito da participação nas Nações Unidas a presença nacional mais significativa ocorreu no quadro da MINUSCA, na RCA.
Já no quadro da União Europeia “a presença nacional ocorreu na RCA, no Mali, na Somália e no Mediterrâneo, com o envolvimento de 270 militares das Forças Armadas e da Polícia Marítima”.
Quanto à NATO, a presença portuguesa ocorreu no “Mediterrâneo, no Oceano Atlântico, no Afeganistão, na Lituânia, na Roménia e no Iraque com um envolvimento de 588 militares”.
Já ao nível bilateral e multilateral, “a presença nacional ocorreu no Atlântico, na Jordânia, no Mali, em S. Tomé e Príncipe e na Costa Ocidental Africana com a presença de 191 militares”.
De acordo com o documento, o ramo que teve maior emprego dos militares das FA foi a Marinha, sendo que as missões da NATO constituíram as de maior participação.
Quanto à distribuição por sexo, esta participação contou com 86 elementos do sexo feminino e 1228 do masculino.
“Já quanto à cooperação no domínio da Defesa, dos 136 militares envolvidos a maioria era do Exército, Moçambique é o país onde a presença nacional é mais significativa, seguindo-se Angola”, lê-se.