Portugal muda plataforma de agendamento de vistos para evitar açambarcamento

Arquivo/Gov

Da Redação com Lusa

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Paulo Cafôfo, disse hoje no Parlamento que a plataforma de agendamento de vistos para Portugal está a sofrer transformações para evitar o “açambarcamento” de vagas, que se registra em vários países.

Paulo Cafofo falava na Comissão dos Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, onde está hoje a ser ouvido o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho.

Questionado pelos deputados sobre as medidas que o Governo está a promover para minimizar as dificuldades de quem vive fora de Portugal e também pelos que pretendem viajar para Portugal, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas elencou várias iniciativas governamentais, como o Consulado Virtual, mas também se referiu à questão do “açambarcamento” de vagas.

“É um problema identificado”, disse Paulo Cafofo, referindo-se às “capturas de vagas de forma ilegítima”, com o objetivo das mesmas serem depois facultadas, a troco de variados montantes, por “intermediários”.

Segundo Paulo Cafofo, “apesar dos esforços de introdução de limitações, esse açambarcamento continua a acontecer”. Contudo, indicou que, do ponto de vista da plataforma de agendamento, disponibilizada pela empresa (VFS), que trata da documentação para o pedido de visto às autoridades portuguesas, esta está agora num processo de transformação “para minimizar este impacto”.

Em resposta aos deputados, sobre as dificuldades nos consulados portugueses, o secretário de Estado disse que até ao final do ano deverá estar concluída a contratação de mais de 100 funcionários, existindo até então soluções temporárias, como no caso de Angola.

Neste país, nomeadamente em Luanda, que é “uma prioridade” para o Governo português, registou-se “um reforço de funcionários”, mas também foi alocada uma task force, que resulta de uma colaboração intergovernamental.

“É um reforço momentâneo, para podermos melhor cumprir prazos, dar respostas mais rápidas e uma maior eficiência de serviços”, disse Paulo Cafofo.

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