Da Redação
Com Lusa
O Governo português vai manter por mais 15 dias as situações de alerta para a generalidade do continente, de contingência para a Área Metropolitana de Lisboa e de calamidade para 19 freguesias, anunciou nesta segunda-feira a ministra da Presidência.
Segundo Mariana Vieira da Silva, que falava em conferência de imprensa em Lisboa, a medida foi tomada depois de serem ouvidos os presidentes dos municípios de Lisboa, Sintra, Loures, Amadora e Odivelas (todos no distrito de Lisboa), nos quais se localizam as 19 freguesias mais afetadas.
“Em todos estes cinco concelhos, nos últimos sete dias, pode-se verificar uma tendência decrescente dos novos casos. Esta é uma tendência que importa consolidar e não estamos em condições de ficar descansados, ela carece de um forte acompanhamento”, afirmou.
Com a manutenção destas situações, em vigor desde 01 de julho, permanecem em vigor as restrições associadas, como a obrigação de encerramento da generalidade dos estabelecimentos comerciais às 20:00, a proibição de venda de álcool na estações de serviços e a limitação de ajuntamentos até 10 pessoas na Área Metropolitana de Lisboa.
Casos
Neste dia 13, Portugal registra mais duas mortes e 306 novos casos de infecção por covid-19 em relação a domingo, 254 dos quais na Região de Lisboa e Vale do Tejo, segundo o boletim diário da Direção-Geral de Saúde (DGS).
De acordo com o boletim, desde o início da pandemia até hoje registam-se 46.818 casos de infeção confirmados e 1.662 mortes.
Em termos percentuais, nas últimas 24 horas o aumento de óbitos foi de 0,1% (passou de 1.660 para 1.662) e o de casos confirmados 0,7% (de 46.512 para 46.818).
Lisboa e Vale do Tejo é a região onde o aumento dos casos continua a ser mais significativo, contabilizando 83% dos novos casos, com 254 dos 306, e uma das duas mortes registadas. O segundo óbito foi na região Norte.
Em número de casos, Lisboa e Vale do Tejo lidera com 22.865, seguida pela região Norte (18.142, com 33 casos novos), a região Centro (4.276, nove casos novos), o Algarve (708, quatro casos novos) e o Alentejo (576).
Nos Açores, mantém-se o número de novos casos e de mortes, enquanto na Madeira surgiram dois novos casos, totalizando 99, e não ocorreu qualquer morte.
Apesar dos aumentos em Lisboa e Vale do Tejo, é o Norte que regista o maior número de mortes (823), depois surge Lisboa e Vale do Tejo (541), Centro (250), Alentejo (18), Algarve (15) e Açores (15).
Nas últimas 24 horas, o número de pessoas internadas subiu de 462 para 467 (mais cinco), mas diminuíram os internados em cuidados intensivos, de 64 para 63.
Relativamente aos dados por concelho, que permanecem iguais à informação divulgada no sábado, continuam a existir 11 com mais de mil casos, com Lisboa (3.645), Sintra (2.850) e Loures (1.910) à cabeça.
Em relação à informação sobre os casos por concelho, a DGS refere que o relatório de hoje não inclui a atualização da imputação de casos aos concelhos e que está a verificar todos os dados com as autoridades locais e regionais de saúde, um trabalho que deverá ficar concluído nos próximos dias.
Por faixas etárias, o maior número de óbitos concentra-se nas pessoas com mais de 80 anos (1.111), seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (321, mais uma), entre 60 e 69 anos (150, mais uma) e entre 50 e 59 anos (55). Há 20 mortos registados entre os 40 e 49 anos, três entre os 30 e 39 e dois entre os 20 e 29 anos de idade.
Em termos de infectados, a maioria encontra-se na faixa etária entre 40 e 49 anos (7.712), depois entre 30 e 39 anos (7.587), 50 a 59 anos (7.198), 20 e 29 anos (7.040) e mais de 80 anos (5.602).
As autoridades de saúde mantêm sob vigilância 34.301 contatos de pessoas infectadas – menos 211 do que no domingo – e 1.291 casos aguardam resultado laboratorial.
O número de doentes dados como recuperados aumentou de 31.065 (mais 58).