Portugal, já apurado para a Liga Nações, empata com Croácia em 1×1

Foto FPF

Da Redação com Lusa

A seleção portuguesa de futebol, já apurada, empatou hoje 1-1 com a Croácia, em jogo da sexta e última jornada do Grupo A1 da Liga das Nações, disputado em Split, permitindo o apuramento croata para os quartos de final.

A equipe lusa, que tinha garantido na ronda anterior definitivamente o apuramento para os quartos de final e o triunfo no grupo, chegou ao intervalo em vantagem, depois de um gol de João Félix, aos 33 minutos, mas os croatas igualaram na etapa complementar, por intermédio de Gvardiol, aos 65.

Portugal fechou o grupo isolado na frente, com 14 pontos, sendo seguido pela Croácia, com oito, enquanto a Escócia foi terceira, com sete, e a Polônia quarta, com quatro.

O selecionador Roberto Martínez fez, como era esperado, muitas alterações em relação ao ‘onze’ que venceu a Polónia (5-1) na sexta-feira, com o apuramento para os quartos de final garantido e o primeiro lugar do grupo assegurado.

Com Cristiano Ronaldo, Bernardo Silva, Pedro Neto e o castigado Bruno Fernandes dispensados do duelo de hoje, foram sete as caras novas na equipa titular, entre elas o estreante Tomás Araújo, que teve a companhia de Renato Veiga e Nuno Mendes, formando um trio de centrais.

Na direita surgiu Nelson Semedo, com João Cancelo na esquerda, enquanto João Neves, Vitinha e Otávio formaram o trio de meio-campo, com o ataque entregue a João Félix e Rafael Leão.

No Estádio Poljud, em Split, lotado de adeptos no apoio à formação da casa, foi a equipa lusa que entrou melhor na partida, com a mobilidade e velocidade dos jogadores, aliada a trocas de bola rápidas, a causarem muitas dificuldades aos croatas, que não conseguiam ter bola e chegar perto da baliza portuguesa.

A formação das quinas ia criando lances de relativo perigo para a baliza de Livakovic, em especial pela esquerda, flanco em que juntava João Cancelo, Nuno Mendes e Rafael Leão, com João Félix a aparecer no meio para tabelar com os colegas.

Depois de alguns avisos, a maioria por Rafael Leão, Portugal chegou ao golo aos 33 minutos, com Vitinha com uma passe de excelência a isolar João Félix que dominou bem e rematou forte, sem hipótese para Livakovic.

Na segunda parte, o selecionador Zlatko Dalic mexeu na equipa e a Croácia entrou com as linhas mais subidas e a tentar pressionar Portugal logo na sua zona defensiva, com Roberto Martínez a ser obrigado a mexer pela primeira vez aos 63 minutos, com o estreante Tomás Araújo, do Benfica, a sair lesionado depois de um choque com um dianteiro croata e a ser substituído por outro estreante, o central Tiago Djaló, do FC Porto.

No período em que Djaló aguardava para entrar, com Portugal momentaneamente com menos um devido à lesão de Tomás Araújo, que estava a fazer boa partida, o central Gvardiol ainda introduziu de cabeça a bola na baliza de Portugal, mas o auxiliar foi pronto em assinalar o fora de jogo.

Aos 65 minutos, Gvardiol surgiu de novo na área, nas costas de Nelson Semedo, e rematou de primeira de angulo difícil, após um passe de Jakic, desta vez a valer, conseguindo restabelecer o empate.

Na segunda parte, ao contrário da primeira, era Portugal que não conseguia ligar o jogo e criar lances de perigo e Roberto Martínez voltou a mexer na equipe, com as entradas de Francisco Conceição e Fábio Silva, outro dos estreantes da noite.

Pouco depois de entrar, Francisco Conceição cruzou da direita, com Nuno Mendes a aparecer na área a rematar, para defesa quase por instinto de Livakovic, mas esta jogada foi das poucas que se viu de Portugal na segunda parte. Na resposta, a Croácia esteve perto da reviravolta, mas José Sá, por duas vezes na mesma jogada, evitou o golo.

Já no período de descontos, nova oportunidade de golo clara para a Croácia com Budimir a surgir na área e a rematar ao poste da baliza de José Sá, no dia em que Geovany Quenda se podia tornar no mais novo de sempre a jogar na seleção principal portuguesa, mas acabou por não sair o banco.

Despedida

O presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, viu na Croácia o seu último jogo da Seleção Nacional enquanto dirigente da instituição.

Em declarações prestadas antes do início do encontro, Fernando Gomes falou sobre este momento: “Não considero uma despedida. Vamos continuar a acompanhar a Seleção e seremos fãs incondicionais. É uma despedida meramente da presidência após três mandatos. Depois de 13 anos que estivemos na FPF, e daquilo que fizemos pelo promoção do futebol português e de Portugal, só podemos estar realizados com aquilo que fizemos. Hoje é o último jogo, sem deixar de referir que temos algo para conquistar, nomeadamente o apuramento da Seleção Nacional Feminina para o terceiro Europeu seguido, a Seleção Nacional de Futsal Sub-19, a Seleção de Futsal Feminino para o primeiro Mundial. Ainda temos para coisas para concluir. Hoje é o último jogo pela Seleção Nacional A, já apuradapara a fase final da Liga das Nações”.

E prosseguiu: “É uma satisfação muito grande de termos estado à frente do futebol português e do que fizemos ao longo destes 13 anos”, disse. “Recordo-me do primeiro jogo, foi em fevereiro 2012, na Polônia. Terminou 0-0. Se me pergunta se perspectivava ter tantas alegrias, tinha algumas dúvidas. Já tínhamos tido gerações fantásticas. 2000, 2004, 2006. Estávamos muito próximos e quando assumimos tínhamos esse sonho. Em 2016 tivemos a grande felicidade, com o golo do Éder”.

O presidente da FPF falou depois do seu legado: “Cumpre a outras pessoas avaliar. Se olharmos para uma federação desportiva que luta por títulos, não há dúvidas que tivemos conquistas importantes. Também títulos na formação, futsal, futebol de praia, etc. Nessa perspetiva, é um legado imenso. Uma pequena mágoa: gostaria de ter conquistado o título de sub-21. Estivemos muito próximos, foi pena. A seleção tem feito um trabalho fantástico. Hoje estes jogadores passaram quase todos pelos sub-21”.

Quanto ao futuro, referiu: “Tenho um trajeto ligado ao desporto. Depois de ter sido praticante, como dirigente tenho 32 anos. Já dei muito ao desporto. Estou de acordo com a limitação de mandatos. Agora é tempo de outras pessoas ocuparem estes cargos, com ideias novas, para fazer melhor que nós”.

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