Portugal financia e instala laboratório móvel de despistagem do vírus ebola na Guiné-Bissau

Da Redação

Envio de medicamentos para Guiné.
Envio de medicamentos para Guiné.

Portugal vai financiar e instalar um laboratório móvel de despistagem do vírus ebola na Guiné-Bissau, numa reposta a um pedido de ajuda das autoridades guineenses, segundo anunciou os Ministros de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, e da Saúde, Paulo Macedo, numa cerimônia em que esteve também presente o encarregado de negócios da Guiné-Bissau, em Lisboa.

Esta é uma “ação extraordinária de política externa executada em colaboração com o Ministério da Saúde, através do Instituto Nacional de Emergência Médica”, referiu Rui Machete. A instalação e funcionamento do laboratório custa 550 mil euros.

O Ministro da Saúde afirmou que ao capacitar a Guiné-Bissau com o laboratório móvel, diminui-se a possibilidade de má despistagem de casos, reforça-se os mecanismos de prevenção e controle necessários para uma resposta coordenada e adequada a eventual atividade viral. O laboratório móvel deverá estar pronto para funcionar no final de Janeiro, pois “estamos nos procedimentos de concursos para a aquisição do laboratório”.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros disse que esta contribuição “tem por objetivo colmatar as dificuldades de diagnóstico da doença na Guiné-Bissau, dotando o país de um laboratório que irá permitir o acesso a informação de carácter epidemiológico, e dessa forma viabilizar uma resposta de grande importância às vertentes de prevenção e de combate a esta ameaça”.

Paulo Macedo afirmou que Portugal continuará a trabalhar em conjunto com as autoridades internacionais nos esforços de combate à doença, acrescentando que esta contribuição soma-se a outros envios de materiais de limpeza, saúde, medicamentos e outros tipos de ajudas já fornecidas para a prevenção do ebola na Guiné-Bissau.

“Ao nível multilateral, Portugal irá também contribuir, até ao final deste ano, com 200 mil euros para os esforços que estão a ser desenvolvidos pela Organização Mundial da Saúde no combate a esta doença”, referiu o Ministro dos Negócios Estrangeiros.

Rui Machete recordou que Portugal enviou recentemente mais de 20 toneladas de medicamentos para a Guiné-Bissau, através do Instituto Camões, com ajuda do Infarmed e de empresas farmacêuticas, tendo o mesmo instituto “mantido uma estreita colaboração com a câmara municipal de Bissau, numa campanha de higienização das ruas da capital guineense”.

Sobre os emigrantes portugueses, Rui Machete disse que o Ministério dos Negócios Estrangeiros vem prestando particular atenção à situação dos portugueses que residem ou trabalham atualmente nos países afetados pelo ebola, e são cerca de 100 compatriotas nestas condições, mantendo uma constante atualização da informação sobre a sua situação, através de contatos regulares.

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