Da Redação Com Lusa
Neste dia 08, Portugal registrou o maior número de doentes internados devido à covid-19, 3.451, no dia em que também foi atingido novo recorde de mortes e infecções pelo novo coronavírus.
Segundo o boletim epidemiológico diário da Direção-Geral da Saúde (DGS), a centena de óbitos foi hoje ultrapassada, com 118 mortos relacionados com a covid-19, doença que levou ao internamento de 3.451 pessoas, tendo sido também registrados mais 10.176 novos casos de infecção, os valores diários mais elevados desde o início da pandemia, em março de 2020.
O número máximo de óbitos situava-se nos 98 mortos, notificados a 13 de dezembro e em 10.027 novos casos diários de infecção pelo novo coronavírus, no dia 06 do mesmo mês.
Também os internamentos hospitalares atingiram o seu máximo diário, havendo 3.451 doentes internados, ultrapassando as 3.367 pessoas, valor registrado a 07 de dezembro.
Quanto aos doentes mais graves, que estão nas unidades de cuidados intensivos, os dados revelam que hoje são 536, igualando o valor registrado a 29 de novembro.
Na quarta-feira, o Ministério da Saúde determinou a suspensão, nos hospitais públicos da região de Lisboa e Vale do Tejo, da atividade não urgente e que fossem elevados os planos de contingência devido ao agravamento da situação epidemiológica.
Desde o início da pandemia, Portugal já registou 7.590 mortes e 466.709 casos de infecção pelo vírus SARS-CoV-2, estando hoje ativos 98.938, mais 5.578 do que na quinta-feira.
Relativamente às 118 mortes registradas nas últimas 24 horas, 44 ocorreram em Lisboa e Vale do Tejo, 34 na região Norte, 26 na região Centro, nove no Alentejo, três no Algarve, e duas na Madeira.
O Governo decidiu renovar até ao dia 15 o estado de emergência e proibir a circulação entre concelhos do continente, entre as 23:00 de hoje e as 05:00 de segunda-feira. Foi ainda decretado que em 253 concelhos do continente os habitantes estão sujeitos a recolher obrigatório e consequente proibição de circulação na via pública no sábado e no domingo a partir das 13:00 e até às 05:00 do dia seguinte.
Estas medidas aplicam-se nos concelhos com maior risco, ficando de fora apenas 25 concelhos.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.899.936 mortos resultantes de mais de 88 milhões de casos de infecção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Doses vacina
Setenta mil pessoas já foram vacinadas contra a covid-19 em Portugal continental, anunciou o Ministério da Saúde, que passa a disponibilizar plataformas em que os portugueses podem acompanhar o processo.
“Até ao momento, já foram administradas 70 mil vacinas em Portugal continental. Este número pode ser consultado, a partir de hoje, nas plataformas online do Ministério da Saúde e do Governo, garantindo transparência em todo o processo de vacinação. Desta forma será possível a qualquer pessoa monitorizar a execução do Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19”, refere o Ministério da Saúde em comunicado.
A atualização será semanal e poderá ser consultada nos sites https://www.sns.gov.pt/monitorizacao-do-sns/vacinas-covid-19/, https://covid19.min-saude.pt/ponto-de-situacao-atual-em-portugal/ e https://covid19estamoson.gov.pt/estado-epidemiologico-covid19-portugal/
Em Portugal a campanha de vacinação contra a covid-19 iniciou-se em 27 de dezembro nos hospitais, abrangendo os profissionais de saúde, e já se estende aos lares de idosos.
A primeira fase do plano de vacinação, até final de março, abrange também profissionais das forças armadas, forças de segurança e serviços críticos.
Nesta fase serão igualmente vacinadas, a partir de fevereiro, pessoas de idade igual ou superior a 50 anos com pelo menos uma das seguintes patologias: insuficiência cardíaca, doença coronária, insuficiência renal ou doença respiratória crónica sob suporte ventilatório e/ou oxigenoterapia de longa duração.
A segunda fase arranca a partir de abril e inclui pessoas de idade igual ou superior a 65 anos e pessoas entre os 50 e os 64 anos de idade, inclusive, com pelo menos uma das seguintes patologias: diabetes, neoplasia maligna ativa, doença renal crónica, insuficiência hepática, hipertensão arterial, obesidade e outras doenças com menor prevalência que poderão ser definidas posteriormente, em função do conhecimento científico.
Na terceira fase será vacinada a restante população, em data a determinar.
As pessoas a vacinar ao longo do ano serão contactadas pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS).