Deste tempos imemoriais, mormente para nós que estamos no século 21, que desde o século XIII, as fronteiras de Portugal não foram alteradas e com isso houve um acontecimento importante. Com essa fixação, puderam os habitantes lusitanos empreenderem viagens fabulosas em derredor do mundo e produzir países em todos os pontos da Terra, não se preocupando com as faixas territoriais e de frente para o imenso Oceano, empreenderem as fabulosas viagens.
Enveredando pelo mundo afora, a partir do ano de 1415, desde a costa africana, pelos mares da Índia, China e Japão e a costa do Brasil, levaram eles o conhecimento e a sua importante e imponente Língua Portuguesa, a mais linda do universo, porque ela é labial e não guturral. Nas suas artes do estilo “Manuelino” levaram a todo mundo os motivos esculturais arquitetônicos sobre temas os mais diversos, mormente o marítimo.
Em épocas distintas desde a sua fundação nos primórdios do milênio, ali já existia um compressor de diferentes atos culturais, porque desde o tempo dos Celtas, romanos e mouros, adjucados pelas culturas cristã, judaica e muçulmana, foram acrescidos costumes asiáticos, africanos e americanos, criando daí uma miscigenação de costumes culturais, que além da cultura europeia foram acrescentadas as culturas africanas, asiáticas e brasileiras.
Já na idade média, a cultura portuguesa (lusitana por assim dizer), mostrava ao mundo visitante uma beleza incomensurável, mormente pela mostra dos seus azulejos, que remonta também a palavra árabe/muçulmana “alzuleique, o “al” artigo “o”, como em nomes, Almeida (al-meida) Albuquerque (al-buquerque), Alvarenga (al-varenga), Alfaiate (al-faiate) etc…, sendo que até podemos ver essa beleza inconteste no “Museu Nacional do Azulejo” no Convento da Igreja Madre de Deus, na nossa querida e eterna Lisboa, pontifica a mostra de azulejos da época antes do terremoto de 1755 e até os nossos dias.
Já o “Fado” uma das mais lindas canções, tanto cantadas como dedilhadas ao som das guitarras e de violões, foi obra de canções de saudade e esperança, talvez de origem moura, da saudade de suas terras africanas, fabricadas num período de 700 anos, de dominação moura em Portugal, dos anos de 711 até 1452 de nossa era. Dessa beleza que consagrou a maior cantora de todos os tempos, a inesquecível Amália Rodrigues, ficou para nós a beleza do Fado Lisboeta, tão cheio de saudade e o Fado de Coimbra, enviado de uma beleza musical majestosa, que tanto, o lisboeta como o de Coimbra nos emociona sempre, atingindo o mais intimo de nossos corações.
Desde essas épocas longínquas, da época dos Celtas, Portugal foi invadido por raças diferentes, por 1000 anos pelos romanos, 700 anos pelos mouros, como por povos vindos do centro da Europa, como os Suevos, Visigodos, Godos, Germanos e outros povos de menor importância, que juntaram as suas culturas à cultura lusitana, que já era obra dos Celtas e então nos dias de hoje temos em nosso “inconsciente coletivo”, no nosso “DNA” toda uma gama gigantesca cultural, que dá ao cidadão português e seus luso-descendentes uma gama cultural expressiva, reconhecida pela Unesco, como Patrimônio da Humanidade.
As obras de castelos, pontes, estradas, conventos, museus, registrando épocas distintas para nosso conhecimento é um exemplo mundial da verdadeira obra de artistas antigos e contemporâneos, a sua música, tanto no fado, como no folclore, espalhadas pelo mundo todo, nos 08 países de Língua Portuguesa, é uma mostra espetacular da cultura portuguesa/lusitana e que os luso-descendentes conservam em todas as suas regiões.
O Portugal continental e o Insular, e países como o Brasil, Moçambique, Angola, registram momentos espetaculares da cultura portuguesa, onde igrejas, conventos, locais em regiões diversas, onde construções de imigrantes em todas épocas deixaram as suas marcas, como no Brasil, o mestre da escultura, o “Aleijadinho”, até hoje é considerado um dos maiores mestres de todos os tempos.
Portanto, nós todos, os portugueses e os luso-descendentes, temos um imenso orgulho de conservar todas essas obras culturais herdadas dos antigos lusitanos, dos portugueses de outras eras, e que os atuais conservam para a honra e glória de nosso querido e eterno PORTUGAL.
Adriano Augusto da Costa Filho
Membro da Casa do Poeta de São Paulo, Movimento Poético Nacional, Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores, Academia Virtual Poética do Brasil, Ordem Nacional dos Escritores do Brasil, Associação Paulista de Imprensa, Associação Portuguesa de Poetas/Lisboa e escreve quinzenalmente para o Jornal Mundo Lusíada.