Portugal e Espanha negociam quota de sardinha “em perfeita sintonia”

Da Redação
Com Lusa

As negociações entre Portugal e Espanha sobre as quotas de sardinha para esta época estão a decorrer “em perfeita sintonia”, segundo a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, salientando a necessidade de encontrar “um ponto de equilíbrio”.

Falando aos jornalistas, em Bruxelas, a governante indicou que as reuniões com Espanha “estão a correr bem, assim como estão a correr bem em relação à Comissão [Europeia], à DG Mare [Direção-Geral dos Assuntos Marítimos e das Pescas]”, estrutura que acompanha as negociações.

“Portugal e Espanha estão em perfeita sintonia”, acrescentou Ana Paula Vitorino, que falava aos jornalistas no final de um fórum de energia de alto nível sobre o transporte marítimo de gás natural liquefeito entre a União Europeia (UE) e os Estados Unidos.

Porém, segundo a governante, é necessário haver “um ponto de equilíbrio” neste setor.

“Nunca podemos deixar de ver as coisas em dupla perspetiva. Uma coisa são as quotas que, legitimamente, os nossos pescadores querem ter sempre mais […] e outra coisa é aquilo que do ponto de vista ambiental e de sustentabilidade dos ‘stocks’ temos de considerar”, notou a responsável.

No ano passado, Portugal e Espanha – com acordo da Comissão Europeia – definiram um plano de pesca no qual ficou estabelecido que o limite de capturas, a dividir entre os dois países, deveria ser de 12.028 toneladas durante a época de pesca, dirigida até ao final de setembro.

Este número teve em conta uma recomendação do Conselho Internacional para a Exploração do Mar (ICES) de pesca zero.

Já para este ano, o mesmo organismo científico voltou a recomendar a suspensão das capturas, tendo em conta a diminuição do ‘stock’, apresentando também vários cenários de pesca e de recuperação do pescado com mais de um ano.

“Continua sempre a haver divergências entre o que são as opiniões do ICES e dos nossos pescadores, mas [a negociação] está a correr bem”, assinalou hoje Ana Paula Vitorino.

Segundo a responsável, Portugal tem apostado na investigação neste setor.

“Temos feito uma aposta muito grande em dizer que, quanto mais informação nós tivermos, maior capacidade de negociação nós temos”, adiantou a ministra do Mar.

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