Portugal e Espanha concluem documento estratégico para desenvolvimento transfronteiriço

Autoridades portuguesas e espanholas na fronteira, 2020. NUNO VEIGA/LUSA

Da Redação
Com Lusa

Portugal e Espanha concluíram esta semana o documento sobre a Estratégia Comum de Desenvolvimento Transfronteiriço, que contempla medidas para a mobilidade, desenvolvimento econômico e social e ambiente, disse à Lusa a Secretária de Estado da Valorização do Interior.

A elaboração do documento foi finalizada numa reunião que decorreu quinta-feira na cidade espanhola de Zamora entre a secretária de Estado da Valorização do Interior, Isabel Ferreira, e homóloga de Espanha, Elena Cebrián.

Em declarações à agência Lusa, Isabel Ferreira explicou que o documento, que será apresentado durante a próxima cimeira luso-espanhola, que se realiza a 2 de outubro na cidade portuguesa da Guarda, assenta em cinco eixos estratégicos.

Segundo adiantou a governante, os cinco eixos dizem respeito à mobilidade transfronteiriça, à melhoria das infraestruturas e da conectividade territorial, à coordenação dos serviços básicos, ao desenvolvimento econômico e inovação e ao ambiente, energia e cultura.

Relativamente à mobilidade, Isabel Ferreira explicou que estão em causa medidas “muito centradas nos trabalhadores transfronteiriços” e na “eliminação de custos de contexto”.

No segundo eixo das infraestruturas enquadram-se medidas relativas às vias de comunicação rodoviária e ferroviária e às questões de internet e da rede móvel nos territórios de fronteira. O terceiro eixo abarca as questões da coordenação conjunta de serviços básicos, como a Saúde, Educação, Serviços Sociais e da Proteção Civil.

O desenvolvimento econômico e a inovação territorial integram o quarto eixo estratégico e contempla medidas para a “atração de pessoas, de empresas e de novas atividades e dinâmicas”.

Já o quinto eixo contempla medidas para o Ambiente, Energia, centros urbanos e Cultura.

Pela primeira vez, estamos aqui a assumir uma estratégia a longo prazo para os territórios da fronteira. Temos de olhar para esta fronteira como um território de oportunidade de desenvolvimento sócio-econômico e de internacionalização e de um mercado ibérico que ganhe ele próprio uma centralidade maior naquele que é o contexto europeu”, atestou.

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