Da Redação
Com Lusa
Portugal foi o país com a maior proporção (73%) de recomendações não implementadas do Grupo de Estados Contra a Corrupção (GRECO), seguido da Turquia (70%), segundo indica o relatório de 2018 deste órgão de monitorização anticorrupção do Conselho da Europa.
Segundo o relatório, que analisa o nível de implementação de recomendações para prevenir a corrupção no sistema judiciário, no que diz respeito ao número total de medidas não aplicadas, a Turquia surge à frente com 26 medidas não implementadas, seguido de Portugal (11), Grécia (10), Sérvia (10), Bélgica (oito) e Bósnia-Hergozina (oito).
Depois, aparecem três países: Azerbaijão (sete medidas não implementadas), Romênia (sete) e Chipre (seis).
O relatório faz ainda o somatório por país das medidas não implementadas com as medidas parcialmente implementadas, surgindo aqui a Turquia à frente (33), seguida da Bósnia-Herzegovina (23), Grécia (19), Armênia (17), Bélgica (17), Macedônia do Norte (17), Sérvia (17), Chipre (14), Portugal (14) e Romênia.
Portugal aparece, por outro lado, no grupo dos quatro países com maior percentagem de medidas parcialmente implementadas ou não implementadas, com a Bósnia-Herzegovina, Sérvia e Espanha a evidenciarem uma percentagem máxima (100%) neste domínio, seguido de Portugal (93%), Bélgica (89%), Turquia (89%), Chipre (88%), Dinamarca (83%), Lituânia (77%) e Grécia (76%).
Portugal figura também entre os 16 países – juntamente com o Azerbaijão, Bélgica, Bósnia-Herzegovina, Croácia, Dinamarca, Alemanha, Lituânia, Malta, Romênia, Sérvia Eslováquia, Espanha e Turquia – que ainda não implementaram completamente uma única das medidas GRECO relativas ao Ministério Público.
Portugal consta também da lista de 10 países – ao lado da Albânia, Bósnia-Herzegovina, Chipre, Dinamarca, Grécia, Islândia, Irlanda, Sérvia e Espanha – que ainda não implementaram na totalidade qualquer das medidas respeitantes aos juízes.
O GRECO é o órgão do Conselho da Europa, com sede em Estrasburgo, que faz monitorização anticorrupção.
O GRECO surgiu, em 1999, como um acordo subscrito por 17 estados- membros do Conselho da Europa, mas que também está aberto a Estados não europeus, tendo atualmente 49 membros.