Por Adriano Augusto da Costa Filho
No ano de 1821, D.João VI voltou para Portugal e a razão de sua volta era porque ele pressentia a independência do Brasil, havia no meio geral uma vontade intransigente da separação política de Portugal. No Brasil a sua população estava em torno mais ou menos de 5 milhões de habitantes, para um território fantástico do tamanho da Europa toda e um litoral em torno de quase 8 mil quilômetros de extensão.
O povo brasileiro que na realidade era quase todo ou a maior parte de portugueses imigrantes e seus filhos e netos e praticamente a sua população era de origem portuguesa, a não ser a parte da descendência indígena e então a população brasileira que na realidade não conhecia Portugal, raciocinavam que havia uma “superioridade” do Brasil sobre Portugal e, então, os governantes brasileiros estavam crentes que deveria Portugal se unir ao Brasil e não o Brasil se unir a Portugal.
Com esse sentimento gerado em todas as correntes políticas, houve a aspiração da independência brasileira e começou então uma luta interna no pais, os portugueses residentes e os filhos queriam a união entre Portugal e Brasil e outros grupos queriam a independência total do Brasil de Portugal e queriam na realidade que Portugal se unisse ao Brasil.
Nesse conjunto de coisas no ano de 1819 políticos conseguiram evitar que o Brasil se desmembrasse em pequenos países, posto que, havia um conjunto de movimentos separatistas.
Talvez o maior entusiasta da independência brasileira foi José Bonifácio de Andrada e Silva que foi considerado o “Patriarca da Independência do Brasil” ele nasceu em Santos-S.P; estudou em Coimbra-Portugal e conhecia as tendências lusitanas sobre as colônias portuguesas no mundo e mormente o Brasil, no entanto, toda que tenha sido a tendência portuguesa sobre a independência do Brasil nada impediria de que o Brasil proclamasse a independência de Portugal e, em como parte das consequências, se deram entre D.Pedro e os políticos constituintes.
D.João VI comunicou que embora tivesse vindo para Portugal, deu o poder ao príncipe herdeiro D.Pedro para gerir a política no Brasil e ele quando recebeu as ordens de Lisboa sobre decretos, D.Pedro anunciou a separação total com Portugal, pelo gesto final “Independência ou Morte”, o qual foi o “Grito do Ipiranga” no dia 07 de Setembro de 1822.
Houve portanto a declaração da independência brasileira, todavia houve também um “Estado de Guerra” que se seguiu até o ano de 1825, mas que se acalmou, uma vez que não houve mais ninguém que viesse de Portugal para as rédias governamentais, as quais passaram para os brasileiros independistas.
Portanto, devemos a Portugal e ao Brasil, a própria independência brasileira, uma vez que, com a ida de volta de D.João VI para Portugal e a sacramentação de D.Pedro I como regente do Brasil, o Brasil tornou-se no decorrer do tempo, um dos maiores países do planeta.
Olor de Flores Eternas, a D.João VI e ao príncipe brasileiro D.Pedro I.
Por Adriano Augusto da Costa Filho
Membro da Casa do Poeta de São Paulo, Movimento Poético Nacional, Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores, Academia Virtual Poética do Brasil, Ordem Nacional dos Escritores do Brasil, Associação Paulista de Imprensa, Associação Portuguesa de Poetas/Lisboa e escreve quinzenalmente para o Jornal Mundo Lusíada.