Portugal disponibiliza ajuda para combater incêndios na Grécia

Da Redação

O Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, confirmou que Portugal disponibilizou 50 elementos da Força Especial de Bombeiros para ajudar a combater os incêndios na Grécia, no seguimento do pedido de auxílio que o país solicitou ao Mecanismo Europeu de Proteção Civil.

Na partida da missão portuguesa para ajudar a combater os fogos que se têm verificado na Suécia, Eduardo Cabrita referiu que o pedido foi feito na segunda-feira ao final do dia pelo governo grego.

“Fizemos uma avaliação com grande urgência, compreendendo o nível dramático do que está a acontecer na Grécia. Decidimos, dentro de um quadro de emergência e dos nossos recursos, enviar, para já, cerca de 50 elementos da Força Especial de Bombeiros”, disse.

De acordo com os dados mais recentes, os incêndios na Grécia causaram pelo menos 60 mortos e 172 feridos, tendo o país assumido como prioridade apoio terrestre de pessoal especializado. O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, já anunciou três dias de luto pelas vítimas dos incêndios que estão a atingir a costa nordeste de Atenas.

Segundo o governo, a partida de oito elementos da Autoridade Nacional de Proteção Civil e de dois aviões médios anfíbios para ajudar a combater os fogos na Suécia não vai afetar a capacidade que Portugal tem para prevenir e combater incêndios.

O Secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, afirmou que Portugal não vai ficar desprotegido na sequência do envio de meios aéreos localizados em Vila Real e que tinham a função de prestar apoio a toda a região Norte do País.

Além dos dois aviões mobilizados, a Força Aérea Portuguesa disponibilizou ainda um voo de apoio que transportará cerca de 700 quilos de equipamentos para apoio à operação dos meios aéreos.

Perante a mobilização de dois meios aéreos, Portugal fica agora com 54 meios aéreos disponíveis, mais seis do que os verificados nos últimos cinco anos.

Luto

Na Grécia, o primeiro-ministro assinalou que o que conta nestes momentos são as vidas humanas e mobilizar todas as forças para salvar o que pode ser salvo.

“Ninguém ficará sem ajuda, ninguém ficará sem respostas”, prometeu Tsipras, que evitou entrar em especulações sobre os motivos dos incêndios.

O Ministério Público já iniciou as primeiras investigações para determinar as causas dos incêndios que, segundo suspeitam membros do Governo, poderiam ser intencionais ou pelo menos provocados por condutas negligentes.

“Agora é o momento da unidade e da solidariedade, não pode haver diferenças ou imposições de culpa (…) É o momento de mobilização e de lutar para salvar o que pode ser salvo”, assinalou Tsipras, agradecendo as múltiplas mensagens de solidariedade recebidas de toda a Europa.

O Presidente português já falou por telefone com o seu homólogo grego, Prokopios Pavlopoulos, a quem apresentou condolências pelas vítimas mortais dos incêndios na Grécia e expressou solidariedade para com o povo grego.

“Transmitiu ainda a sua profunda e fraterna solidariedade para com o povo grego, lembrando a tragédia do mesmo tipo que também vivemos em Portugal no ano passado”, lê-se no texto.

O chefe de Estado português falou com o seu homólogo “à luz das consequências terrivelmente trágicas decorrentes dos fortes incêndios que têm lavrado na Grécia, com dezenas de vítimas mortais e mais de uma centena de feridos”, é referido na nota da Presidência da República.

Marcelo Rebelo de Sousa realizou uma visita de Estado à Grécia em março deste ano, a convite do seu homólogo grego.

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