Portugal cria parceria para garantir “vida independente” a pessoas com deficiência

Da Redação
Com Rádio ONU

logo_bandeira-PortugalPortugal terá um sistema para garantir “vida independente” a pessoas vulneráveis a partir deste ano, segundo a secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência.

Ana Sofia Antunes revelou que na fase-piloto, assistentes sociais vão ajudar pessoas do grupo em tarefas que não podem ou têm dificuldades de realizar devido à sua deficiência.

“Contamos ter vários projetos-piloto espalhados pelo país. Será uma parceria entre o governo português, organizações da área da deficiência ou novas organizações espontâneas, que surjam da própria vontade de pessoas com deficiência em criar modelos de vida independente para podermos assim disponibilizar às pessoas esta independência que nos tem sido difícil ao longo destes últimos anos.”

Ana Sofia Antunes discursou na 55ª Sessão da Comissão para o Desenvolvimento Social, que marcou a estreia de Portugal como um dos 40 Estados-membros do órgão.

O pronunciamento destacou ainda a criação de uma prestação social para a inclusão, que também deve permitir que pessoas vulneráveis tenham uma vida mais digna e autónoma.

A representante destacou que membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa devem cooperar em políticas e ações para o desenvolvimento de pessoas com deficiência. Como ativista da área, revelou que já teve contactos com realidades em Cabo Verde, Guiné-Bissau e Timor-Leste.

“Penso que é fundamental que comecemos a pensar e a valorizar mais, como já fazemos em muitas áreas no nosso bloco lusófono, como outros blocos se valorizam bem e fazem render e funcionar em seu favor a sua união. Porque a união de facto faz a força, não é uma expressão vã. Nós temos que perceber que só quando estivermos verdadeiramente unidos e a remar para o mesmo lado é que vamos conseguir ter mais voz e mais força. Pessoas com deficiência, com diversos tipos de incapacidades, têm que se unir têm que estar juntas.”

Portugal defende estratégias integradas e coerentes para acabar com a pobreza a todos os níveis que incluam grupos como as pessoas com deficiência, os migrantes, os refugiados e membros de minorias étnicas e religiosas.

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